Neste exato momento, o Blog e Bazar está sem o contador de acessos. Deve estar sob manutenção para troca. Eu sou um eterno otimista, logo acredito que virá um Histats ou um Google Analitics para executar o trabalho.
Critico a postura de Thiago Gonçalves não porque desdenhe de sua inteligência: é justamente o contrário. É porque ele tem desdenhado das inteligências alheias que seu trabalho não repercute onde importa, mas apenas onde faça mais barulho por nada.
Agora, com mais um movimento de ética positiva talvez a caminho, esta situação comece a mudar. Um contador de acessos serve unicamente para o ego, porque o que determina um blog é sempre o conteúdo. Não há truques que façam com que as pessoas se interessem pelo que pensamos, se não houver a contrapartida do ganho para elas mesmas. Que, obviamente, não precisa ser financeiro. Nem tem como. Internet dá dinheiro para quem já o tem. Anos depois da inundação de grandes capitais, a rede permanece anárquica e gratuita, para a esmagadora maioria das aplicações interessantes.
E neste ponto, o blog do Thiago encara muros sólidos para transpor. Criticará a política de transporte coletivo, caso necessário, sendo que o Ensconcard é um dos patrocinadores do blog?
Como se posicionar contra a direção alcoolizada nas vias públicas da cidade, sendo que faz propaganda para cerveja a jato?
Controlará os desvios éticos (não falo da linha ideológica) cometidos pela Rádio Cultura como, se o patrão poderá encaminhá-lo impiedosamente para a vala comum dos desempregados?
Estas questões, que derrubariam qualquer um menos preparado, estão ao alcance do Sr. Thiago. Eu creio na capacidade dele em administrá-las com elegância e maestria, sem perder de foco sua liberdade de livre-pensar.
Mas o Blog não tem como possuir credibilidade para falar de política, enquanto for uma feirinha itinerante. É o mesmo sistema que produziu a política que temos: "Financio tua campanha aqui, e depois a gente combina um tiquito ali, um tantinho acolá, etc...etc...etc..."
Gosto de ser repetitivo. Deve ser o mal da idade ou até mesmo o mal de Alzheimer se aproximando de mim. Mas tenho que lembrar que os analistas políticos podem fazer de tudo, menos uma coisa: acreditar que são os únicos de olhos abertos, num tempo de escuridão.
Pessoas veem. E, dentre elas, muitas enxergam. Isto nada poderá mudar, nem mesmo um patrão tirano. A propósito, o patrão não é bom ou ruim por si só. É político e corre o mesmo risco de ser mal assessorado às vezes, como qualquer outro.
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