Mostrando postagens com marcador Amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amor. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Amor é chuchu no muro


Monlevade é assim mesmo. Quando a gente está desanimado ou desapontado, ou mesmo com raiva dela, surge sempre alguma oportunidade de renovar o carinho e o amor que temos.

Olha aí um exemplo bacana: na Rua Progresso, o chuchu e o "ora pro nobis" estão ali, numa culinária que não precisa de jeito nenhum ficar em cima do muro, mas está. Deve ser pela falta da costelinha de porco...

Amor é isso mesmo: uma coisinha de nada, um tantinho de saúde como dizia Guimarães Rosa. Até o chuchu no muro pode traduzir o sentimento, quando há a vontade de amar.

E vamos amando essa terra. Ao contrário de alguns de seus homens, ela merece muito ser amada e admirada.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Quer saber o que é difícil?

Todos os dias a gente tem que reconquistar as pessoas a quem amamos. Não existe nada mais difícil, porque parece ser muito fácil. E na acomodação da fé de que as coisas são como são e serão assim pra sempre, muitos sonhos e caminhadas desmoronam com meses de existência.

Todos os dias quem nos ama tem que ser convencido de que vale a pena nos amar. Todos os dias quem a gente ama tem que nos fazer ficar apaixonados mais ainda, por mais um dia que seja. E isso se repete enquanto houver forças no corpo e na alma para acontecer.

Isso é difícil. O resto, gente, é só a vida acontecendo do jeito que der.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A tenacidade dos órfãos

Eu nunca consegui ver outra coisa no vocábulo "órfão" que não fosse uma beleza triste. E marcante também, daquele tipo de beleza que, uma vez vista com o olhar, liga-se instantaneamente à visão da alma. Um órfão está fisicamente só, neste mundo. Espiritualmente ele ainda está conectado ao coração dos pais que se foram para outro plano, mas quem diz que esta ligação espiritual nos ajuda a manter nossos filhotes na rédea?

Sou absolutamente órfão, desde 1998. E sou órfão de exemplos de vida e de formação do caráter, da lapidação da honra, de construção da virtude e da forja de guerreiros que preciso aplicar a meus filhos. Como ser pai, se não conheço exemplos que não sejam de outros filhos a dividir o mundo com os seus?

Como me apresentar aos meus "meninos" com elegância e eficiência, sem teatralizar uma pessoa completa que eu, sabidamente, não sou? Faltam-me alguns pedaços, é certo, que deveriam ter sido construídos pelo Sebastião Pais de Lima. "Vou improvisando como posso, vou vivendo como sou" - faltando peças - e vou torcendo para que meus filhotes sejam apaixonados por quebra-cabeças. Da vontade dos dois de somar alguns pedacinhos aos que eles já vêem em mim, poderá surgir um homem que seja Pai com P maiúsculo.

É meu sonho. O que tenho a meu favor é que órfãos costumam possuir uma tenacidade feroz. Sabendo que boa parte da caminhada terá que ser feita a braços e pernas próprios, um órfão se desdobra em quantos fragmentos forem necessários. Em quantas ferramentas forem necessárias.

O que nos move? Saber que existem outros tipos de orfandade, muito mais humilhantes que os nossos. Não temos os nossos pais e mães, é verdade. Mas não ficamos órfãos de seus valores.

domingo, 8 de maio de 2011

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM

"Em geral as mães, mais que amar aos filhos, amam-se nos filhos." Friedrich Nietzsche

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não queria a presença dela junto de mim quando chegasse à escola, em meu primeiro dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar todos os desafios que aquela nova vida iria me trazer.

Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente dos garotos brutamontes que me ameaçavam, como também das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei de novo. Não queria que ela ficasse me impondo regras e limites, nem que me impedisse de voar na plenitude, todos os vôos juvenis que eu tinha certeza de merecer. Mas logo no primeiro porre eu a redescobri viva, muito viva.

Foi quando ela não só me curou da ressaca, como também dialogou muito e impediu que eu levasse uma surra vergonhosa do meu pai...

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe, definitivamente! Eu tinha entrado na Faculdade, iria morar em uma república, iria fazer política estudantil. Todas eram atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.

Que grande engano. Assim que me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna. Era o único espaço possível de guarida e de compreensão.

Aos 26 anos me dei conta de que a morte materna era possível, porém iria requerer muita lentidão... Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para eu descobrir que o bicho mãe tinha se transformado num espécime ainda mais vigoroso, chamado avó.

Apesar de tudo isso, continuei a acreditar na tese de que a morte dela seria bem demorada, e aos poucos fui me colocando mais distante e autônomo. Mesmo assim, em intervalos regulares, ela reaparecia em vida desempenhando papéis fundamentais e únicos.

Papéis que somente ela poderia protagonizar.

O final dessa história? Ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu. Quando eu menos esperava, ela decidiu morrer. 

Assim, sem mais nem menos, sem pedir permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida, minha tese da morte bem demorada ruiu. 

Ela simplesmente se foi, deixando a lição de que mães não são para sempre, no plano físico.

Ao contrário do que eu sempre imaginei, são elas que decidem o quanto essa eternidade pode durar em vida, e o quanto tem que ficar guardado para o etéreo terreno da saudade.

Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós. O que descobri é que devemos amar as pessoas enquanto elas ainda estão por aqui conosco. É por isso que temos que amá-la (a mãe) sempre!

Nunca saberemos quando ela vai querer partir. E o vazio que ficará nunca conseguiremos preencher de novo.

Para quem ainda a tem ao seu lado, uma súplica. Ame-a! Não espere ela partir para lhe oferecer AMOR. Um dia você vai descobrir que, talvez, a pessoa que mais lhe amou nesta vida foi ela.

E para quem já não a tem mais do seu lado, como eu mesmo, feche os olhos. Agora. Faça uma prece sincera. Daquelas em que se pede com a alma e o espírito, não apenas com a boca e a razão.

Agradeça muito à Deus pela vida que teve ao lado dela.

Ficou algo pendente? Alguma culpa? Conte tudo a Deus. Peça a Ele que te perdoe.

Guarde suas lembranças no mais precioso dos baús. Onde ela estiver, Deus lhe dará o seu recado...


(Autor desconhecido - pequenas adaptações efetuadas pelo autor do blog)

sábado, 7 de maio de 2011

Sentimentos e dúvidas

Entender o que é perder um pedaço do próprio corpo?

Aceitar as dores do insucesso quando tudo que se fez foi buscar algo maior para alguém?

Rebelar-se contra estas dores o tempo inteiro, mesmo quando já se ouviu do próprio ser a quem se ama que este fracasso é imutável?

Perder noites de calmaria, com o coração disparado de terror, porque não dá para adivinhar o futuro?

Aceitar a doença que se avizinha do próprio corpo, para preservar a saúde do outro?

Não acreditar no impossível, nunca, não importando o quanto ele parece estar na frente do próprio rosto?

Sentir que a vida está se dissipando, e ainda assim soprar o pouco dela que resta no coração de outro?

Bem, se você não conhece cada uma destas situações em carne viva - e sua - meus sentimentos de pesar. Você ainda não foi mãe neste mundo...

Mães, filhos


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Igrejas intransparentes

Quando os olhos se voltam para os homens, eu me volto para as realidades. Assim enxergo o que as pessoas não querem ver, ou pensam ser insignificante demais para ser visto. E a intransparência da Igreja, no episódio envolvendo o pároco (ou padre, ou mesmo não padre) Felipe em João Monlevade é deprimente.

É deprimente porque a Igreja abandonou todos os seus. No caso específico dos padres Marcos e Jorge, a Igreja os abandonou numa cidade que está desconfiando muito de um eventual "ciúme litúrgico" que os haveria afetado. Será que existe essa aberração na estrutura da Igreja? Não creio, mas...

No caso do próprio padre Felipe, o abandono ganha contornos de bota-fora, sem qualquer transparência de motivação. Apenas relatos de que "teria arrepiado os cabelos até do saci", com erro imperdoável e inesquecível. Caramba, é coisa demais. Nossos párocos, via de regra, possuem suas limitações e erros humanos bem escancarados e ninguém se incomoda muito com isso, contanto que a dimensão religiosa de suas atitudes cuide do rebanho.

A instransparência da Igreja é deprimente porque deixou várias comunidades de fiéis sem entender nada de nada. O padre Felipe foi apresentado formalmente e tomou posse de duas paróquias locais. Realizou e formalizou sacramentos. Vinha atraindo muitos fiéis. E assim, do nada...pufff! Sai o padre? Sem uma preparação cuidadosa para que os fiéis não se sentissem umas bestas quadradas, iludidos em suas aspirações mais justas?

A Igreja, cabe lembrar, é reincidente neste pecadilho. Só para lembrar um exemplo próximo: no ano passado, conhecedora de problemas que afetavam o padre Almir, deixou que sua intransparência culminasse na morte de inocentes, dentre os mesmos o próprio padre Almir (dependência química é doença também, não é só vontade de errar).

Eu sou uma ovelha - confesso - meio desgarrada dos pastores. Até bem pouco tempo atrás, eu ainda acreditava na máxima de que os bons pastores existem para as ovelhas desgarradas também. Agora, acreditar ou não está fazendo pouca diferença. Vejo que a Igreja está desgarrada de seus fiéis.

Ela está se lixando para seus pastores, do mesmo jeito. Prefere resguardar-se de expor suas feridas internas. Deveria, até para buscar o lenitivo adequado à sua própria saúde.

Não sei o motivo da saída do padre Felipe. Não sei se é padre. Não sei se houve ou não ciúme e dinheiros na motivação de sua retirada misteriosa. Só sei que nada sei... E que a minha Igreja não está nem aí para as dúvidas justas que se ergueram neste momento. Não é assim que eu a aprendi no passado.

Eu a aprendi como uma fonte de renovação da graça, com a qual somos todos ungidos ao nascer. E já não sei se é mesmo assim. Talvez eu devesse me lembrar de que a Igreja, afinal, é composta de homens. E estes podem abdicar da graça a qualquer hora que quiserem.

Deveriam é medir as consequências, antes.

Quis custodiet ipsos custodes?


quinta-feira, 18 de março de 2010

Minha pequena golfinha


Tá, é idêntico ao que vocês já leram, na estrutura. Mas o assunto é muito mais instigante: como Bianca (13 anos) poderia andar até a Praça Sete, se estava hoje de manhã com uma bolha "enoooorme" no pé? E sem nenhuma rasteirinha decente para usar?

Tirando o fato de que eu SEI o que são as rasteirinhas, a informação relevante é que fiquei 50 pratas mais pobre. E ainda tive que dar a carona num sufoco danado, porque a agenda dos dias está ficando cada vez mais apertada.

Bendita seja a publicação programada que o Blogspot nos oferece...

Moral da História? Nenhuma, exceto que para algumas coisas nossas golfinhas precisam mesmo é do Mastercard.

P.S - Se a rasteirinha ficar mais cara que 50 pratas, a mesada cobre a diferença. Mas tudo sai do mesmo bolso. Eu tenho coração, suas precipitadas!

Meu pequeno golfinho


Ontem, meu filho caçula realizou a sua maior façanha de liberdade em ir e vir. Saiu de casa pela primeira vez sozinho, para frequentar as aulas de teclado na Casa de Cultura. Durante um bom tempo eu me dividi entre a certeza de comentar e a vergonha de comentar o fato, porque parece pequeno demais, insignificante demais.

Cheguei à conclusão de que não é, no fim das contas. Aos 11 anos (idade do Arthur agora) quase não havia mais um pedaço só de Monlevade que eu não conhecesse. De andar pela cidade, claro, porque como haveria dinheiro para pagar passagens de ônibus? É bom lembrar que D. Maria Augusta me ensinou a não passar por baixo de roletas, pular pela porta de trás e nunca, em nenhuma hipótese, fazer cara de choro e pedir para algum desconhecido pagar a passagem.

Consegui passar estes valores para meus filhos. Quem os conhece sabe que são frutos dessa geração atual: não pedem a benção para sair, nunca utilizaram "senhor" e "senhora" dentro de casa, não gostam do trabalho doméstico mínimo, etc. Mas são extremamente respeitosos para com os mais velhos, são incapazes de utilizar palavrões, acreditam no trabalho e no esforço para obtenção de sucesso.

Criados num mundo totalmente diferente do meu, não são crianças como eu fui. Minha pele está curtida por um quê de liberdade que eles, infelizmente, não puderam aproveitar por causa do mundo "moderno".

Penso neles como golfinhos. O mar continua grande à volta deles, continua azul, mas está poluído. Não podem se aproveitar de toda extensão de mar que eu pude. Movimentam-se pouco, são limitados no direito mais básico que é sair de casa e conhecer um pouco de mundo à própria volta.

Meu pequeno golfinho saiu de casa, portanto, aparatado: Cartão de passagem, telefone celular, um trocado para a emergência e para o ladrão (caso encontrasse, Deus nos livre), e instruções sobre a dificílima tarefa de sair do República para chegar ao Areia Preta, rsrs. No meu tempo de criança, seria algo como uma hora de caminhada, se não parasse em algum canto para brincar com outras crianças pelo caminho. O resultado?

07h20 - Entrada no ônibus 141, após cinco minutos de caminhada pelo República.

07h50 - Ligação para o telefone do pai, estando defronte do hospital. Claro que perdeu o ponto de descida... E desceu lá porque o Margarida é conhecido por todo mundo, e uma boa referência para casos de "resgate".

07h55 - Pelo telefone, já havia recebido instruções detalhadas de como pegar outro ônibus para chegar à Casa de Cultura, enquanto eu ia para o hospital como segunda alternativa.

08h15 - Ele chegou um pouco atrasado para a aula, eu cheguei ao Margarida. Neste aspecto, palmas para o celular, que tem seu lado bom. Tudo tem, afinal de contas.

09h00 - Ligação para o pai, desta vez para evitar o "mico" (linguagem deles) de errar de novo. O pai estava trabalhando, e orientou de novo com o aspecto dos ônibus. "Volte pegando o 11, ou o 12, ou o 30, ou o 141 ou ainda, o 151. O 141 e o 151 vão te deixar no República, os outros você desce no Hiper e anda um pouco até chegar em casa, ok?"

09h55 - Meu pequeno golfinho telefona mais uma vez, com uma voz de choro de cortar o coração, mas bem disfarçada: "Pai, aconteceu um probleminha... Fiz tudo errado... Pode me pegar aqui perto do Sabor Sertanejo?"

10h10 - Juntei-me ao pequeno golfinho no carro. "Tá tudo errado, , pai?" "Não, Arthur, tá tudo certo. Você vai aprender com a prática e com os erros. Para acertar, temos os erros e os pais." Lembrei-me que, sem pai, eu tinha aprendido. Ele também irá, com certeza... E com melhor suporte.

Acho que, da próxima vez, ele irá acertar os ônibus. Caso contrário, vou buscá-lo de novo, e de novo, e de novo, se precisar.

Para certas coisas, não existe preço nem Mastercard.

domingo, 26 de julho de 2009

Só para ficar sereno, e só desta vez vai ser postado

Já chorei por tantas perdas, que perdi a conta. Já chorei por tantos títulos que deveriam ser, e não foram, que perdi a conta. Todos passaram. O Galo não.
Já sonhei com tanta grana, que perdi a razão. Já sonhei com tanto poder, que perdi o rumo. Os sonhos irreais morreram. O Galo nunca.
Pelo amor, eu aceitaria até um filho felpudão ou coisa que o valha. Porque sou pai, e amor de pai é coisa séria, como já disse o Marcelo Melo. Mas pelo Galo, minha satisfação foi cumprida. Porque amor de atleticano é coisa divina. Meus descendentes foram abençoados por Ti e continuarão o caminho que, por tristeza, terei que abandonar um dia, indo para longe do Glorioso Alvinegro das Montanhas.
Pelo Galo, eu curti a segundona durante um ano inteiro. Por causa do Galo, foi o melhor campeonato disputado no Brasil naquele ano.
Pelo Galo, eu sou pedreiro. Porque já fui espectador da ruína. Agora, tijolo por tijolo, pedaço por pedaço, jogo por jogo, dia por dia, o gigante tem mais uma chance de se reerguer. E todo mundo está tremendo de medo de que isso aconteça. Seria o fim do futebol brasileiro que vive de resultado e cofrinho cheio. Seria a volta de estádios cheios, mesmo sem os resultados esperados e sem cofres lotados. mesmo sem a estrutura que o Galo merece e vai ter.
Todos os anos o atleticano ganha mais fé. Nunca renova, porque atleticano não a perde. Todo momento é Galo, todo o Galo é mais que momento.
Todo astrônomo sabe dizer quando nosso sistema solar vai implodir e desaparecer. Mas nunca vai surgir alguém que possa acertar o fim do Galo, porque ele é maior que o nosso sistema. Porque ele é feito de uma matéria rara no universo: honra.
Acima das circunstâncias, Galo. Acima de derrotas e vitórias, Galo. Acima do bem e do mal, Galo. Acima dos homens e dos seus feitos, Galo. Acima do Galo só Deus. Mas eu aposto com quem quiser que, se eu tiver a sorte de poder ir pro Céu, Ele vai estar vestindo alvinegro. E torcendo.
Se esse planeta fosse alvinegro, visto do espaço, a gente não teria essa sensação ruim de não fazer parte daqui, de vez em quando. A vida na Terra é suportável, porque aqui reina o Galo das Gerais. Eterno porque mesmo estando muitas vezes derrotado, nunca aceitou estar vencido. E nunca aceitará.
Deus forja alguns homens com a única função de honrar ao Galo. É uma benção para poucos, e eu fui abençoado. Obrigado, Deus. Vou levar um manto em meu caixão para Tu vestires. Sei que ficarás feliz por eu ter me incumbido desta missão nobre, com mais que a força da minha vida inteira.
E continue a nos fazer nascer assim, os nobres atleticanos das Gerais. Homens de ferro e glória, de montanha e orgulho, de honra e de fé. Se nos arrancarem o coração, torceremos com o fígado. O galo não está só no peito, mas na corrente sanguínea. E não fique triste quando choramos pelo Glorioso. Somos só criaturas. E se Tu, o Criador, com certeza chora pelo Galo nas horas de sombra, imagine a nós?
Só para terminar, Pai Supremo, continue a cuidar dos outros com o mesmo carinho. Eles só tem a Vós para obter luz nas trevas, ao contrário de nós que temos também ao Galo. Amém!