terça-feira, 14 de julho de 2009

Basta que role um fusquinha

Por uma ribanceira destas da 381 para que o processo de modernização e duplicação da rodovia deslanche de vez. Contanto que dentro do "valente" esteja alguém da família de um de nossos mandatários.

Portanto, mãos à obra! Tornemo-nos criminosos. Derrubemos um tambor de óleo numa das curvas perigosas (nem lembro mais quantas) da estrada. Torçamos para que dentro esteja a mãe, o irmão, a filha de alguém influente. E aí os criminosos que relutam em modernizar e duplicar a estrada movimentarão seus traseiros gordos da cadeira, para trabalhar efetivamente por nós, já que em tese é para isso que foram eleitos.

Não, não há nenhuma seriedade quando falo em tornarmo-nos criminosos. Claro que é só um desabafo. O crime desqualifica qualquer boa intenção, exceto quando praticado em situações de legítima defesa, obrigação de cumprir dever legal maior ou em estado de necessidade premente. Mas que temos o direito de nos revoltar, isso temos.

Cinco anos de atos secretos no Senado seriam suficientes para pagar a obra. 3% das verbas totais que serão gastas com Copa do Mundo no Brasil seriam suficientes para pagar a obra. Mas valemos menos que o conforto do Secreta ou o de alguns jogadores de futebol.

Vi ontem em um telejornal que agora o DNIT prevê início das obras no final de 2010. É como se ouvíssemos: calma que daqui a 200 mortes a estrada sai...

Até lá, talvez o máximo que possamos fazer sejam as paralisações esporádicas do fluxo de veículos. Ainda que, nelas, vejamos políticos que sempre foram irônicos ao criticá-las correndo para a frente das câmaras de TV. Oportunidade faz a popularidade.

Agenda oculta? Voto obrigatório resulta no que vemos por aí: numa representatividade obrigatória, que devolve nada e que custa muito a nós, cidadãos.

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