Meus quase vinte leitores diários já sabem que vem por aí a fase "Luz". Nela, devo lançar meus olhares para o que produzimos de positivo, de nobre, de direcionamento para o bem.
Não sou eu ou o Zé, a Maria, o Pedro, a Cida. Mas todos, direta ou indiretamente, que são capazes de entender e ser tocados pelo bem puro, uma vez que seja na vida. Mas o mais comum é que estes encontros com o bem aconteçam quase todos os dias.
Somos preparados, neste mundo pouco são, a ver o lado escuro das coisas e das pessoas. Nossa carga genética ancestral parece nos direcionar para a sombra. Somente alguém muito mais sábio do que eu poderia dizer os porquês.
De forma humilde, prefiro acreditar que é da lama escura, do lodo que fede, da matéria morta, que surgem algumas das flores mais lindas que possamos imaginar. Da morte, muitas vezes, sobrevém a vida que realmente vale a pena ser vivida.
Daí ter-me lançado, no mês de Agosto, ao Breu. Porque, quando Setembro chegar, terei recriado em minha alma a fome de Luz.
Precisamos de lamas fétidas e escuras, de águas sombrias, de receios e de egoísmos. Precisamos de invejas, de ciúmes, de desprezos e de arrogâncias. Precisamos de preconceitos, de agressões gratuitas, de ignorâncias e de vazios.
E precisamos de tudo isso porque tudo isso é breu e podridão. Mergulhados neles, tudo o que podemos ver e querer é Luz. Precisamos querer, desesperadamente, sair do lodo e buscar o Sol. Como a mais simples plantinha que foi posta neste mundo. Ou como a semente do carvalho que será majestosa e gigante um dia.
Contanto que esteja na podridão. E que queira Luz.
Um comentário:
Puta que pariu, isto é a coisa mais boiola que eu já vi na vida! Mais cinco minutos no útero e este viado tinha nascido mulher, auhauha!
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