Quando acreditamos que o mundo dependeria do Brasil para se abastecer de uma fonte de energia mais limpa e renovável. O Brasil bravateou que forneceria álcool para o mundo inteiro, como se a posição de dono de botequim fosse possuir alguma relevância.
É claro que o país acreditou que ninguém mais poderia investir em pesquisa e desenvolvimento do combustível vegetal. Quem seriam as nações desenvolvidas para aprender o que só o Brasil era capaz?
É óbvio que ninguém pensou nos milhões de hectares de terras agricultáveis, espalhadas pelo mundo, que poderiam ser utilizados pelos países desenvolvidos, até por sistema de arrendamento. Não se imaginou, por exemplo, que a África tem potencial e clima para fornecer álcool etílico às próximas 20 gerações de humanos. Em troca de pagamentos que, se não levarem cidadania ao continente, levarão mais dinheiro que o que possui agora.
Também é inegável que nossa submissão vergonhosa, nos impede de produzir em escala global, ou mesmo em escala interna que permita a mais pessoas participarem do sistema alcooleiro, em busca de maior dignidade cotidiana.
Lembrem-se: caímos de joelhos instantaneamente, ao primeiro berro de comando do primeiro mundo, de que o brasilzão caipira precisava preservar o meio ambiente a qualquer custo, ainda que fosse a fome e inanição de muitos dos brasileiros. Isto depois que o mundo inteiro tratou de se dar bem e enriquecer, cagando e andando para a preservação que eles deveriam ter, também, cuidado há gerações passadas.
Precisamos cuidar do planeta. Todos nós. Mas precisamos cuidar das pessoas também. Já gritei antes, e repito: o mundo quer um parque ecológico aqui? Que pague ingressos, porque somos tão dignos quanto qualquer outro povo do mundo. E precisamos resgatar um bocado de gente da miséria, econômica e humanitária.
Mas o mais provável mesmo é que o Brasil continue se contentando com a possibilidade de se tornar o alambique do mundo. Pinga neles, Brasil! "Arco nês", Brasil!
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