A tragédia das chuvas de Segunda-Feira aglutinou as lideranças políticas da cidade num propósito comum, com raríssimas exceções. Como repensar os mecanismos de proteção possíveis e aplicáveis à águas de aluvião, numa topografia que é claramente desfavorável?
O Prefeito Municipal adotou todas as ações que se esperava do ponto de vista exclusivamente marqueteiro. O cidadão Gustavo Prandini adotou todas as ações que eu, particularmente, tinha certeza que iria adotar. Como os dois são um só, no presente momento, a cidade pode se orgulhar de seus atos como um todo.
A oposição adotou uma postura de maturidade. O momento é de refletir, como venho implorando há tempos, sobre o verdadeiro papel de forças antagônicas no qual se baseia a boa política. Não é a ausência de críticas que me leva agora a elogiar a oposição. É a serenidade de entender que algumas críticas carecem de fundamento, mesmo sob a ótica da marquetagem pura.
O que me causa agonia é saber que estes momentos de serenidade estão surgindo, apenas movidos a tragédia. Não me vejo desejando tantas tragédias e desgraças para que nossos homens públicos se entendam como adultos. Não é justo para a cidade.
Talvez a maior benção, após o final deste episódio que ficará marcado na história de João Monlevade, seja o caminho da política em alto nível que podemos tomar daqui para a frente.
Os exageros e afunilamentos de cérebro, que também ocorreram nesta hora, nem me dizem respeito. O tempo revelará o caráter, o futuro dirá os destinos. Mas que deveria haver o respeito mínimo à dor (imensa) destas famílias, deveria.
Ainda há tempo, senhores. Pelo fim das tragédias e pelo amadurecimento das relações. Porque a paixão inflamada, que é esfera de povo, não cai bem ao agente público. Dele se espera, tão-somente, espírito estadista. Seja na situação, seja na oposição.
E sempre coexistindo as duas, como não canso de repetir.
Agenda Oculta? Não há. Sinceramente, não poderia haver nesta hora.
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