quinta-feira, 18 de março de 2010

Dois momentos de Carlos Moreira


Hoje eu estava dando uma escutada no programa de rádio do comunicador. A quem interessar possa, sempre alertei que me preocupo com as máscaras, não com os atores. O meu respeito às pessoas transcende a minha opinião sobre os papéis por elas exercidos, socialmente. Mas acompanho os papéis para possuir frieza de manifestação sobre os mesmos.

O primeiro momento de hoje foi típico: o comunicador se apresentava como Prefeito que foi, que quer ser em paralelo e que trabalha para ser futuramente. Não é da minha conta analisar isto agora, mas fica o registro de um papel que se desgastou: o de Prefeito paralelo. As mesmas 150, 200, 500 ou mesmo 1000 pessoas que fazem contato com o programa são os seus simpatizantes de carteirinha e não podem significar a totalidade da população monlevadense.

Da mesma forma vale o raciocínio contrário: os outros moradores da cidade não são, todos e automaticamente, simpatizantes de Gustavo Prandini. Apenas não se incomodam ou não conseguem ligar para o programa de rádio. Claro que muitos deles simplesmente não gostam do Prefeito atual, o que é um direito sagrado de todos. A generalização é que é prematura e possui um pouco de má-fé embutida em sua divulgação.

O contraponto necessário é que Carlos Moreira também possui antipatizantes e estes, por motivos óbvios, jamais terão acesso aos microfones do programa. Faz parte do jogo algum desequilíbrio de todos os lados, para que o resultado final seja de equilíbrio entre as partes. A Democracia não acontece sem turbulências, afinal.

O segundo momento de Carlos Moreira foi atípico: falando sobre uma infestação de caramujos que ocorre no Bairro Metalúrgico, o comunicador explicou um método, já utilizado com sucesso, de controle da praga. Ou seja, mostrou um caminho.

Esta é a longa batalha pela qual o Drops vem se batendo há quase dois anos: projetos, ideias e modelos eficazes de ação precisam ser apresentados para fundamentar as críticas, para que estas não caiam no vazio.

Então, parabenizo o segundo momento de Carlos Moreira. Mereceu.

Mais tarde, pretendo abordar uma situação delicada: a de como a sociedade monlevadense, sem levarmos em conta a carência social, foi acostumada a esperar do Poder Público quase tudo, sendo que colabora em quase nada, na maioria das vezes.

E este fato não foi percebido ou tratado com a devida cautela, por nossos agentes políticos, ao longo dos anos. Precisamos buscar caminhos novos, ou o município não avançará em termos de desenvolvimento pleno.

Agenda Oculta? Sem abrir mão do que já realiza (que é de sua exclusiva vontade e responsabilidade), eu gostaria de ver Moreira adotando também a linha de atuação proativa, enquanto oposicionista. Bem como os demais atores desta seara. Monlevade precisa disso, e muito.


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