quarta-feira, 10 de março de 2010

É complicado explicar


Além do que o Drops já foi em sua abordagem sobre o que é fato (não confundam com verdade, esta é utópica e grande demais para ser discutida por um só) e o que é notícia. Talvez o melhor que eu possa fazer é repetir o que digo sempre: nunca uma fonte só. Nem este Blog, que não é nada. E ocupado por ninguém.

A educação é construída a partir de análise dos fatos. Se somente uma versão dos fatos se apresenta para análise, temos uma Cuba ou uma Venezuela. Os amigos sabem que jamais concordei com a Cuba que conheço e com a Venezuela que quer acontecer. Tirania é atraso, onde quer que aconteça. E a humanidade não nasceu para o atraso, patrocinado que seja por X, Y, ou Z (mesmo que um deles, ou mais de um, seja meu amigo de porta de cozinha).

A socialização da pessoa se depura no confronto de ideias. Se ideias hegemônicas se apresentam à uma sociedade, corremos o risco de reeditar a Alemanha Nazista (que não devemos confundir com a nação alemã. São duas coisas completamente diferentes, embora interligadas num momento histórico e ruim).

Ninguém, repito, ninguém, pode se rebelar contra o debate e o confronto. O que podemos fazer é ditar regras mínimas de civilidade para fugir da bestialização. O que significa que alguns golpes são baixos demais para não haver o justo revide. Cristo foi um só.

Da mesma forma, alguns golpes fazem parte do confronto ideológico. Por isso merecem respeito e, da minha parte, silêncio. Algumas vezes até concordância, porque é óbvio que eu não tenho o direito de me achar o "cara". E erro, como todo mundo vai errar nesta vida.

Nos meus erros existe a obrigação de vocês em consultar outras fontes, outras ideias, outros erros e acertos. A escolha final será melhor, se for depurada. isto eu garanto. E... liberdade de escolha é a única liberdade real. Outro chavão, eu sou mesmo repetitivo.

Análise, escolha, debate, confronto, depuração e decisão individual. São estas cansativas etapas que devem ser transpostas por todos aqueles que se decidiram, de alguma forma, a viver baseando-se nos fatos concretos e nas verdades possíveis. Sem nutrir qualquer sentimento negativo pelos que decidiram, c-o-n-s-c-i-e-n-t-e-m-e-n-t-e, pautar suas vidas pela notícia pura e simples.

Porque para haver liberdade real de escolha, tem que ser oferecida a possibilidade de alguma escolha, certo?

Chega de tentar explicar. É complicado, como a tentativa de construir sociedades melhores. E esta é uma luta em que eu sou só uma pata de formiga. Só faço sentido se trabalhar em conjunto.

Repetindo o Zé Henriques, esta montanha é um Everest de desafio. Para todo mundo. O que eu fiz foi tirar meu equipamento de escalada do porão...


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