O quanto estamos dispostos a aprender?

Esta é uma pergunta que não faz sentido agora, mas que fará todo o sentido na Sexta-Feira, uma vez que na noite anterior ocorrerá o julgamento em segunda instância da situação política de Gustavo Prandini e Wilson Bastieri.

Para começar, qualquer crítica a esta análise terá que passar pela leitura dos meus tópicos anteriores sobre a matéria. Aos mais apressados: legalidade e decisão da Justiça (em última instância, neste Brasil louco), decência e hombridade, foram sempre colocados aqui como marco regulatório das coisas.

Depois, a questão que é quase unânime entre quem pensa: a cidade perdeu, não importa qual seja o resultado do julgamento. A cidade perderá um pouco mais se for confirmada a cassação, mas também nada que não se possa corrigir. Será uma oportunidade boa para eu exercitar o que conclamo sempre. Oposição de qualidade. Porque é óbvio que farei oposição (aqui não há pruridos nem falácias).

Não me peçam para fazer oposição agora, porque para isto ela está já bem estruturada em quantidade.

Na hipótese de ter sua cassação confirmada, o Prefeito deveria instantaneamente evitar qualquer ação que demandasse projeção futura. Questão de ética. Se não der para fazer mais nada, saber se comportar bem é fundamental, para a alegria e para a tristeza.

Na hipótese de ter sua cassação revertida, podendo continuar com seu mandato, ainda assim deveria ocorrer uma reengenharia voltada para o futuro. Pensar no que não funcionou bem, porque, e como resolver depressa. A cidade está esperando, com paciência, há um bom tempo. E paciência é como tudo o mais: tem um limite do razoável que não pode ser transposto.

O próximo governante de Monlevade será novo, chame-se Gustavo ou Railton. Porque enfrentará uma cidade que, muito aos poucos, está aprendendo a filtrar do que recebe, a água que é potável.

E este processo irá surpreender muitas pessoas, até o nada longínquo 2012.