terça-feira, 6 de abril de 2010

Não é um privilégio nosso

Esta questão da propaganda férrea, que incomoda ao Governo mais até do que à sociedade monlevadense, não é privilégio nosso. A propaganda como arma é uma ferramenta que foi aperfeiçoada pelo Partido Nazista, no auge da 2.ª Guerra Mundial. Joseph Göebbels é o pai desta linhagem de aproximação com as massas.

A partir da experiência adquirida desde então, só o que a humanidade fez foi aperfeiçoar a técnica, até chegar à sua síntese máxima: verdade nada mais é que o convencimento da realidade que me interessa.

O último grande exemplo vem do futebol brasileiro: o time do Flamengo "hexa" não existe, mas acaba de lançar até um documentário em DVD sobre suas glórias, enquanto "hexa". E está apoiado pela poderosíssima Rede Globo de Televisão, nesta empreitada.

Funciona, porque sempre haverá uma massa que recebe de braços abertos e olhos fechados qualquer patacoada que pareça real. Basta que haja uma força midiática bem coordenada, nos bastidores de construção da realidade que se quer ver, dominando as cabeças do povo.

Pena que o resultado final seja sempre o mesmo. É uma economia de soma zero, onde as forças dominantes não podem gerar riqueza: tomam dos dominados. Nesta hora, levantar-se contra o modelo é uma obrigação ética e social dos que sintam o verdadeiro respeito pela Democracia. E que tenham no coração o temor devido pelos valores da honradez.

É sempre bom lembrar: qualquer que seja o desdobramento da batalha de hoje no universo político de João Monlevade, os rumos da guerra de guerrilha ainda se encontram abertos. Não por acaso, o grupo de comandados por Mauri Torres só está esperneando ainda - após ter sido atropelado por um trator em Outubro de 2008 - porque jamais abriu mão de efetuar a guerra de guerrilha, desde então.

E ainda que os alto-falantes estejam dizendo o contrário, esta guerra só estará terminada quando um dos exércitos não puder mais combater. Eu não acredito em retiradas honrosas, e não penso que Prandini e Bastieri pensem de forma diferente.

Ainda que meu coração deseje, de forma verdadeira, que não seja necessário guerrear no futuro. Neste Blog, já foi dito que esta pode ser a última guerra política que nossa Monlevade verá. Eu torço por isso porque, no passado recente, cada uma delas gerou anos de atraso para a cidade.


Um comentário:

Lucas Silva disse...

Você esqueceu de citar também o Corinthians "campeão mundial" hehe