domingo, 18 de abril de 2010

Os "índices salariais" de Thiago Moreira

Estou em paz com Thiago Moreira há tanto tempo que me esqueço de chamar a atenção quando ele escorrega. Isso é ruim para João Monlevade, porque já afirmei tantas vezes que o respeito enquanto profissional, que me esqueço o quanto ele ainda tem de caminhar para chegar à excelência.

Talvez em resposta a um exercício de "economia" que realizei aqui para falar sobre os reajustes do funcionalismo municipal em 2009/2010, Thiago recorreu à pesquisa para postar algo semelhante, porém mais elaborado, em seu Blog (link ali do lado, como sempre).

Nem vou tentar traduzir a planilha de cálculos que ele utilizou, já que nem Thiago sabe a que resultados práticos chegou. Enquanto tentava encaixar algum dado que fosse prejudicial à Administração atual, Thiago concluiu por vários índices diferenciados de reajuste: ele descobriu recomposição salarial de 1,1%, 1,6 % e 0,2% para o final do ano de 2010. Este último índice se refere a dois anos de Administração Prandini, como ele a chama. Eu chamo de Administração Municipal, mesmo.

Thiago Moreira não conhece o Google Reader. Eu sim. Postarei a página que consta do cache (reserva de informações que podem até ser apagadas da fonte original, mas nunca do armazenador de informações do Google) e que mostra as piruetas de análise que ele realizou na tentativa de desqualificar, talvez, a minha postagem.

Ele esqueceu-se, é claro, que sou ninguém. Gastar uma única munição comigo é perder tempo precioso num alvo irrelevante. Eis a fotografia virtual do Blog do Thiago, e meu computador guardará indefinidamente a página como estava, antes de Thiago deletar impiedosamente as piruetas matemáticas: (Você pode clicar na imagem para ampliá-la.)



Bom, postei um comentário no Blog dele, na postagem que sobrou depois do expurgo ideológico, e aguardarei uma resposta. Porque a fórmula matemática utilizada para explicar os reajustes salariais do funcionalismo em 2009 e 2010 nunca foi utilizada antes, para explicar outros reajustes acontecidos historicamente. Isso é desonestidade intelectual para com os leitores e para com muitas pessoas que buscam informação de qualidade.

Eu não sou jornalista e defendo a limitação do ofício para os tecnicamente mais gabaritados. Mas os jornalistas devem valorizar sua própria atividade profissional, porque em caso contrário até um Zé Ruela como eu vai perder a fé no trabalho fundamental deles. E este trabalho é fundamental para o exercício da Democracia em sua plenitude.

Thiago Moreira não é criador desta fórmula perversa de desinformar, informando. Faz parte do grupo político ao qual se identifica, esta metodologia de disputa pelo rés do chão. Dela fazem parte rádio AM, rádio FM, jornal, homem de marquetingue, locutor oficial e porta-vos não-oficial, alguns profissionais jornalistas (nem todos) e simpatizantes em geral.

Respeito-os, todos, enquanto pessoas. Já deixei bem claro e vou repetir. Mas, enquanto atores, estão representando um papel danoso e ruinoso para minha cidade. Provo quando este grupo quiser, se eu for instado a fazê-lo. Por enquanto, espero apenas a necessária civilidade e a obrigatória compostura que nos torna humanos, por parte deste grupo político.

As derrotas, definitivamente, não foram bem absorvidas. Aquela alternância saudável de poder, que este grupo advoga para o Brasil, não serve para João Monlevade. Na visão de seus integrantes, é claro.

Imagine o dia em que a Administração atual advogar que pretende uma continuidade de seus trabalhos...


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