domingo, 30 de maio de 2010

A ArcelorMittal não odeia João Monlevade


Preciso deixar este ponto esclarecido, também. Uma análise unilateral de qualquer matéria, tende a ser divorciada do senso de evolução que muita gente quer ver acontecendo em nossa cidade.

A ArcelorMittal é hoje, uma gigante com atuação global. O que estou afirmando é que os tempos em que a empresa dispunha somente de João Monlevade para se sustentar, acabaram. Hoje, através da ArcelorMittal, João Monlevade é mais uma que a ajuda a abastecer o mundo com produtos de primeira qualidade.

As visões de estratégia que a empresa aplica no seu cotidiano estão na estratosfera do meu conhecimento. Isso é um fato inegável. Mas eu não sou analfabeto funcional, e minha visão pode ser estreita, porque unitária, sem ser míope.

A ArcelorMittal conhece, em pormenores, todo dano que causa por sua operação. Seja dano ambiental, seja econômico-financeiro, seja social. Estes danos não caracterizam dolo ou má-fé. São perdas necessárias no processo produtivo. Daí que empresas pagam tributos e taxas. O que eu quero transparecer é que nós, pessoas, também pagamos tributos e taxas, e nem por isso podemos dispor do patrimônio da ArcelorMittal. Nem causar certos tipos de dano.

A lógica recomenda afirmar que o pagamento de impostos e taxas é um pressuposto de existência, natural ou jurídica. Nada mais que isso, os nossos pagamentos não nos permitem interferir nos negócios da empresa. É óbvio, assim, que o pagamento dos impostos não permite pura e simplesmente, que a empresa disponha de algo a mais dos serviços e patrimônios que o público monlevadense construiu ao longo das décadas. E é sempre bom lembrar, o povo de Monlevade contribuiu para a construção da maior parte do patrimônio desta planta industrial.

Como a empresa se posiciona estrategicamente - e agressivamente - no mercado, o que estou tentando lembrar é que os setores organizados da sociedade se mobilizem estrategicamente - e agressivamente - neste mercado da compensação social. O mundo nunca esteve tão preparado para entender a função social do capital, como agora. Resta saber se João Monlevade também está, e se a empresa procurará ser lembrada por algo além de sua atuação financista.

João Monlevade investiu e agregou valores a esta planta que ela não conseguiria pagar nem se quisesse, considerando-se ser possível por um preço nas duas histórias paralelas. Mas o momento para minimizar esta dívida (e ela, definitivamente, existe), não poderia ser mais propício. Para ambas, que fique bem claro.

Uma última pergunta: quem vocês acham que vai se beneficiar mais da expansão produtiva? A cidade?


Um comentário:

Unknown disse...

Meu, mais num é uma maravilha maravilhosa?

Haveremos uma geração de 4.600 "novos Empregos"!

A cidade vai "arrecadar" como nunca, haverá enriquecimento, inovações, obras culturais prá todos os gostos e gastos, mais publicidade, mais...
sei lá, Monlevade vai estar podendo!
Lindo!