quinta-feira, 24 de junho de 2010

Matar o mensageiro?

Recebo alguns comentários de vez em quando, em que sou chamado de ranzinza e de crítico de tudo. Também recebo alguns comentários em que sou chamado de baba-ovo do governo. Recebo algumas reclamações de que não elogio o governo como deveria. E recebo comentários de que não critico na mesma medida o governo e a oposição. Ah, e também recebo comentários de que sou frustrado, ladrão, corrupto, medíocre, etc.

Em muito menor proporção, recebo comentários que são relevantes ao extremo, não por que me sejam elogiosos, mas porque os leitores entenderam o que estava escrito. E entre estes também há críticas, que são extremamente fundamentadas e acabam por pautar definitivamente a minha pessoa, enquanto escritor nanico.

Ler e entender uma mensagem é primeiro passo para se manifestar sobre ela. Não sobre o mensageiro, entendamos isto com propriedade. Exigir do mensageiro a isenção total é uma falácia monstruosa, porque isenção é característica marcante das máquinas, quando programadas para tal, e só.

Exigir da mensagem a isenção é igualmente difícil. O homem que lê, o faz por necessidade de compreender o universo que está se construindo à sua volta, e este universo não se constroi de isenções, pelo contrário. Ele se constroi de participações e de mudanças, que todos nós promovemos no ambiente em nossa volta.

Se não é lícito exigir do mensageiro e da mensagem a isenção total, não é justo imaginar que haja um critério técnico e científico para qualificar os dois. Neste ponto escorregamos para algo subjetivo e diáfano, chamado "bom senso". E não é objeto de consenso...

Minha única sugestão já foi ofertada, repetida à exaustão, e será mais uma vez exposta: ao homem que lê e interpreta, para compreender, resta ler ainda mais. Para compreender e entender mais. Para encontrar visões diferentes, porque o mar tem tantos azuis quantos sejam os olhos postos sobre ele.

E efetuar escolhas. A liberdade de escolha é a única liberdade real. Não sou eu nem será o maior dos homens do mundo - que não sei quem seria - o redentor desta amarra.

Escolha, por favor. Tanto o mensageiro quanto a mensagem. Sinta-se livre para escolher e até se manifestar sobre outras escolhas, mas elas continuarão sendo feitas sem que nenhum de nós possa mudar isto. Ainda bem, porque o mundo acabaria em vinte segundos se a liberdade de escolha desaparecesse de nossa vida.

E, não gostando ou não concordando com uma mensagem qualquer, tente aniquilar a mensagem, não o mensageiro. Na Idade Média aniquilava-se o mensageiro e nem por isso as mensagens ruins paravam de chegar aos pés das majestades. Nunca pararam, e inventamos até o telemarketingue para garantir que continuariam a chegar sem que fosse preciso ocorrer uma carnificina de mensageiros.

Produzir mensagens boas talvez seja o único remédio possível para desatar este nó que nos sufoca.

Um comentário:

Unknown disse...

É camarada, enquanto as pessoas o virem como uma pessoa super inteligente, como ainda fazem, tu vais ver muita coisa, sem ter somas significativas, pois são incontáveis os que não sabem ler e abosrver informações...
E muito se deve à esta condição que nos foi iomposta, que sempre querer tudo positivo, menosprezando o que não nos convém, ou seja, os enfados e encargos da lutinha do dia a dia...

99.99% das pessoas, se te ouvem dizer o que é correto, já não querem por que isso as faz ter de batalhar por seus interesses.

E, sempre preferem que lhes digam o que é fashion, up e por aí vai, pois assim não terão trabalho algum, só diversão e alegria!(?)

Pensas tu, que Monlevade entendeu o que se ´passou em Itabira?

Ou que, a ficha caiu, no que diz respeito aos tempos áureos de CSBM?

Monlevade ainda teima na ilusão de que aqueles tempos voltarão, e que a DUPLICAÇÂO, só dará lucro!

Estamos ricos!

Daqui a pouco, poderemos nos candidatar a sede prá 2014, e quem sabe até pleitear a abertura da Copa!

É só falar com o Mittal!

Coloque qualquer coisa desse tipo na rádia ou num semanal, que o povo pega e leva!

Agora, se vc tentar mostrar os preços que pagaremos com a enxurrada de "estrangeiros", dentre os tais, golpistas, malandros e afins, vão sempre dizer que tu é do contra.

Que a criminalidade aqui é baixa, o nível de segurança é eficaz, o sistema de saúde e habitação são 10, e hão de absorver sem impacto a demanda de novas idéias e comportamentos, mesmo novas modalidades de crimes/contravenções.

Afinal de contas, a cidade vai enricar!

Vão ser empregados 4.600 Monlevadenses...
De timóteo, da Paraíba, de guanhães, moçoró, planaltina e uberaba!

E com certeza teremos Engenheiros e Gerentes de produção "monlevadenses" da América do Norte, Europa e Ásia!

E é claro que prá não haver discriminação com os "menorzinhos", haverá uma vagas de chapas, cozinheiras e faxineiros, pros estrangeiros da Rua Azaléia, Eduardo Dias, Urucânia, Av. Getúlio Vargas, Armando Fajardo, etc...

Afinal de contas, tudo será divino e maravilhoso!