terça-feira, 20 de julho de 2010

A ironia da morte no auge


Não há nada mais inumano que morrer jovem. Como nós estamos psicologicamente preparados para enterrar nossos pais, a dor de observar a dor de pais que precisam enterrar filhos é de fazer desmoronar todos os dogmas em que acreditamos.

É certo que não estamos emocionalmente preparados para enterrar ninguém. Mas a ironia amarga de ver uma vida (que ainda nem desabrochou) se acabar, é cruel demais para entendermos.

Hoje não é um dia especial para as categorias, mas quero mandar um abraço virtual aos profissionais que têm a obrigação de presenciar esta loucura todos os dias. Acabamos perdendo um pouco da nossa humanidade, sem que sejamos responsáveis por esta perda.

E mando um abraço virtual ainda mais aconchegante para as famílias. Não é fácil observar a ironia da morte no auge, interrompendo algo de muito valioso que poderia ter sido, sem que saibamos muito bem o quanto de grandioso poderia ter sido.

2 comentários:

Unknown disse...

Clélio, muito pertinente suas palavras. Exatas na extensão da ironia, eu mesma, quantas vezes me questiono diante da "ironia amarga de ver uma vida (que ainda nem desabrochou) se acabar, é cruel sim...

Passe em seu blog por um acaso e gostei de suas reflexões. Voltarei outras vezes.

Um abraço!

Maris Stella

CÉLIO LIMA disse...

Obrigado Maris, as pegadas que acompanho são o primeiro passo para reconhecer o valor das pessoas que as deixaram por aqui. Um grande abraço e seja bem vinda, sempre.