A representatividade de um só

Em minhas muitas conversas com agentes públicos, sejam políticos ou técnicos apenas, faço uma observação que rende respostas bem antagônicas: porque alguns agentes políticos acreditam que a representatividade só se dá pelo quantitativo de votos?

Podem perceber: um político só se interessa em ouvir quando acredita que, de cada conversa, possa abstrair um novo cabo eleitoral, com alguns votinhos a mais. esta é uma tragédia nacional.

A representatividade não está no meio, mas na mensagem. O corpo social de um só, quando este um só não está em busca de algo pessoal, mas de algo coletivo, é tão importante quando o corpo social de muitos. Estou explicando porque, a partir do momento em que tomei a liberdade de questionar o Deputado Mauri sobre um posicionamento firme quanto ao Corpo de Bombeiros, deixei de ser um só.

Não se trata mais do Perito Criminal que vai buscar pedaços de vidas arruinadas para analisar. Trata-se do monlevadense lutador e filho do Jacuí, que precisa deixar uma cidade melhor para os próprios filhos e para os filhos dos demais monlevadenses. E que não vai conseguir fazer nada se os com-voto não o enxergarem como cidadão que é.

Um cidadão é pequeno. Mas é maior que qualquer Estado que o abrigue. Não há meio termo possível nessa equação.