1º ato - Inizio - Jovens de família classe média-alta agridem selvagemente outros jovens em São paulo. As agressões são movidas a uma sinfonia macabra de gargalhadas e gritos: "bichinha, gay, boneca!!!"
2º ato - Intermezzo - As instituições começam a agir, os bons advogados a faturar, nós aqui fora a emitir pareceres jurídicos sobre os fundamentos do Direito. Os jovens de classe média-alta estão apreensivos, mas bem cuidados e bem tratados em delegacias diferenciadas (sim, as há...)
3º ato - Grand Finale - Todo mundo que não está arrebentado de tanto apanhar, que não está mutilado no que tem de mais importante, que é seu direito de viver em paz e com sua própria consciência, já está em casa. As famílias dão declarações pungentes, mais um BBB se formando...
E daqui a pouco tempo o Brasil vai encenar outra peça das mesmas proporções e com enredo muito parecido.
E temos medo do câncer, mas não ligamos para esta doença fatal que é a intolerância, a disseminação do ódio.
P.S - A minha revolta seria a mesma se os agressores fossem de uma "comunidade" e as vítimas fossem da Zona Sul. Demência não tem status quo de classe social. Pelo menos para mim, porque para o Brasil tem. Demais.
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