quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Poema de quem viu mortos demais em tempo de menos

Destino de boi é bife
destino de bala é rifle
meu destino seu destino
se resume ao esquife.

Destino de língua é corte
destino de vida é sorte
meu destino é o de Jorge:
ser menos fraco que forte.

Destino de rua é medo
destino de fala é segredo
meu destino é ancestral
viver muito e morrer cedo.

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