sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um a cada nove anos

É muito bom rever alguns dos fundamentos que conduziram a vida da gente. Ontem eu tive a oportunidade de contabilizar o ritmo em que faço amigos: na média, a cada nove anos consigo fazer um amigo para a vida. Daqui a mais ou menos um ano terei cinco. Graças a Deus vou deixar este mundo com um saldo tão rico, e de valor incalculável para os padrões humanos.

Ah, por favor, não é um campeonato de "meus amigos são melhores e tenho muito mais que você". Meus cinco amigos estão de bom tamanho para mim. Espero apenas estar de bom tamanho para eles, também. E o resto não vai importar para o mundo. Mas vai fazer uma enorme diferença para nós, meia dúzia de gente que se cuida e se ampara.

Venho pensando no que fiz para ter uma média tão fraquinha. Não posso me acomodar com a ideia de que os outros não se esforçaram, porque sou responsável por tudo que me acontece, em maior ou em menor grau. Sou um fervoroso crente nas escolhas. E fiz todas as escolhas que me dirigiram na vida, até aqui. Logo, sou responsável por ter perdido algumas oportunidades em minha vida.

O que me tem animado bastante é que, agora, com mais tempo de rodagem por este mundo, começo a ver pessoas além do que elas aparentam. Estou desenvolvendo a capacidade de entender os processos que montam gente. Antes, eu só era capaz de entender gente montando processos. É uma evolução e tanto, para mim.

Trabalho e esperança vão me redimir. devo obter uma média melhor de aquisição de amigos até o fim da vida, sem abrir mão dos meus filtros necessários. Se ocorrer, terei vivido uma vida ainda mais feliz. Quantas pessoas ao meu redor podem afirmar o mesmo?

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