Com raríssimas exceções. Há mais de dez dias fiz chegar ao Legislativo e ao Executivo municipais o memorial de uma ponte de concreto, quase pronta e aguardando apenas retoques para que as comunidades dos bairros Metalúrgico e Laranjeiras possam usufruir do benefício, que colocaria o ônibus com tarifa social mais próximo de todos, entre outras vantagens.
Ainda não recebi sequer uma ligação telefônica dando conta de que existe a possibilidade de o Poder Público assumir a finalização de algo que, com todo o respeito, ele deveria ter começado e terminado há muitos anos atrás.
Depois, toda uma estrutura tem que ser montada para desacreditar um único cidadão bem intencionado. Talvez se gaste mais com esta desconstrução de imagem do que com a finalização da obra, que inclusive já está doada para a cidade inteira, podendo ser incorporada ao patrimônio público de forma simples e rápida. Assino a papelada e encaro a burocracia numa boa, mas as pessoas dos bairros citados gostariam de ver mais proatividade e agilidade nesta questão.
Ah, e para quem acredita que a obra seria eleitoreira... Bem, muito mais inteligente se eu fizesse tudinho por conta própria, não? Entregando-a como está, ela é um ótimo canal de comunicação eleitoral com os eleitores. Só não aproveitará quem for político bobo ou fraquinho de tudo.
Aguardo uma comunicação formal, senhores. Nem que seja para terminar tudo eu mesmo, e aí sim utilizá-la para algo mais que dar conforto aos moradores daquela região. Conforto, e não luxo. Cidadãos, ainda que pobres, não estão interessados em esmola. Receberão de braços abertos é dignidade e trabalho em prol de si mesmos, porque para isso são convocados a cada quatro anos.
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