terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Há exatos dois anos

"Em um salto de pirotecnia para meu intelecto mediano, tratarei de lembrar que a liberdade de imprensa deve se pautar pelo mesmo diapasão que é separar o ideal do possível. A realidade é que não há imprensa livre. Existe liberdade de imprensa, que é conceito. Imprensa livre ainda é objetivo e sonho. 

Exemplo: João Monlevade não possui base numérica de leitores nem estamento econômico capaz de sustentar um único periódico financeiramente, sem depender de verbas públicas. Os gastos são imensos e fixos. O retorno financeiro, pequeno e instável.

Daí que a imprensa nas pequenas e médias cidades depende de anúncios públicos, pagos, para se manter. Nada contra, até porque se os anúncios públicos mantém a imprensa funcionando, ajudam a sustentar um dos pilares da democracia tradicional. E existe o fato atípico de que a grande mídia também se utiliza dos mesmos, até sem precisar, do ponto de vista financeiro.

A perda, o limite da liberdade, vem como consequência inevitável desta equação. Perde-se a genuína análise fria dos fatos, contaminada pelo receio de  que minguem as verbas oficiais na contabilidade das empresas de comunicação.

O leitor mediano, que acredita em tudo que observa estampado sem se questionar, não possui escolha viável. Talvez possa se preparar melhor não lendo um jornal único, não assistindo a um canal único, não ouvindo uma rádio única, não acompanhando uma fonte única.

O leitor consciente está migrando para a Internet. Na maioria esmagadora dos casos, um espaço de análise dos fatos que esteja comprometido financeiramente se denuncia pelos anúncios e "patrocínios". Na ausência deles, é muito provável que o articulista responsável seja frio na análise que faça, ainda que partidário de alguma causa ou grupo. Basta não acompanhar uma fonte única.

Um bom índice de seriedade são os links. Observe se apontam também para os mentores de ideias contrárias às do autor. Este é um índicador importante de confiabilidade. Se apontarem somente para o mesmo nível ideário, fuja. Você estará à mercê de um tirano "democrático", e provavelmente só terá a perder com isso.

Um grande abraço, e recomendo que você percorra a minha lista de links para conhecer ideias contrárias às minhas. Fará bem ao seu intelecto filtrar a seriedade do conjunto de informações obtidas."

Hoje, 21 de fevereiro de 2011, lembro a todos vocês que eu, enquanto leitura única, sou muito ruim em alcance e qualidade. Por isso há tantas referências ali do lado, com visões de mundo e de realidade que fogem ao meu entendimento ou ao meu posicionamento pessoal de cidadania. Faz bem confrontar informações e extrair delas o que é fundamental. O resto deve ficar como curiosidade ou como abstração.

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