Voltei a ter quatro amigos nesta vida. A BR 381 levou o mais novo deles ontem. A gente nem sabia direito que tinha ficado amigo. Só descobrimos em Janeiro. Estou sentindo uma dor de abismo e imaginando o que vem depois da dor, que é o que muitas pessoas vão sentir nos próximos dias.
O que restar da minha pessoa volta a escrever aqui, daqui a uns dias. Estou me acostumando a perder pedaços de mim, mesmo que eu nunca me renda e nunca vá aceitar que tantas outras pessoas que gosto venham a perder pedaços também.
Eu nunca vou me acostumar. Eu nunca vou me acomodar. Eu nunca vou aceitar como natural aquilo que nunca foi e que nunca vai ser.
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