quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soma Zero

Um dos mais retumbantes fracassos da humanidade ocorreu na Teoria Econômica: durante um tempo longo demais, a humanidade acreditou que a riqueza era produto de uma soma zero. Traduzindo: o volume de riqueza do mundo era transferível, mas não podia ser aumentado. Assim, para que alguém pudesse ficar mais rico outro tinha que, necessariamente, ficar mais pobre.

A Ciência Econômica já superou este entendimento, mas persistem bolsões de crédulos em Soma Zero espalhados pelo mundo inteiro, ainda nos dias atuais. Há pessoas que utilizam a Soma zero como parâmetro para suas vidas, o que gera infelicidade e estagnação em seu redor.

Mesmo o intelecto - riqueza intangível - ainda é avaliado desta forma por alguns seres humanos. Se alguém o possui, o seu entorno não pode possuir em mesmo grau. A Soma Zero não permitiria. O raciocínio que permite a aceitação da Soma Zero é hediondo, porque sabe-se que há múltiplas inteligências e saberes, além dos outros valores universais.

Nenhum enriquecimento - seja monetário, financeiro ou intelectivo - acontece onde pessoas acreditam que não há como incrementar a massa de recursos para distribuir os dividendos. Porque alguém estará sempre sendo esbulhado de suas posses justas para que outro alguém se apodere de posses injustas, já que obtidas pela violência da ignorância.

A cada um chega o seu momento de aprender em definitivo. O que me assombra é verificar que hoje, mais de cem anos após a Soma Zero ter sido banida como referência teórica, ainda haver pessoas que pautam suas vidas por ela. Só isso já justificaria a imensa desigualdade social que teima em dividir o mesmo espaço com a humanidade.

Não há futuro onde as pessoas não aprendem a criar riquezas, ao invés de somente trabalhar para dividí-las. Desigualmente, diga-se de passagem, porque assim funciona a Soma Zero. 

Se eu tenho, você pode ter. Assim é que o mundo enriqueceu nos últimos cem anos.

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