domingo, 17 de abril de 2011

Uma ida, uma volta

E nenhum veículo em posição estranha na 381. Ninguém esmagado, dilacerado ou ensanguentado. Nenhuma carga espalhada na pista. Uma ida, uma volta. Todas as viagens pela BR 381 tinham que ser assim, todos os dias.

Ainda é cedo para dizer se os radares são o remédio mais adequado. Vi dois pontos em que a colocação deles iria ser muito produtiva em reduzir acidentes e mortes. Vi dois pontos em que a função dos radares é meramente arrecadadora mesmo. Bom, alguém tem que pagar pelo incremento da segurança e o Governo Federal decidiu que não será ele.

Radares tem prazo de validade. Daqui a pouco estará anulado o efeito medicinal da instalação deles. Os matoristas se adaptam. Até lá, obrigado a Deus e ao efeito placebo que nos produziu uma viagem sem sustos no dia de ontem. Aliada, claro, à cautela com que o motorista (o amigo Werton, do Pitáculo) nos brindou. 

O homem e sua conduta enquanto homem, ainda fazem muita diferença.

Um comentário:

Marcos Martino disse...

As palavras espalhadas ao vento vão abrindo rachaduras, deflagrando fractais, as vezes metástases, as vezes boas sementes. Inception, meu caro. Inception.