Eu me lembro de uma brincadeira de criança muito comum nos meus tempos: o "zerinho ou um". Era um substituto para o par ou ímpar, quando havia mais de duas crianças precisando estabelecer um vencedor numa disputa.
E imagino uma cena agora, em tempos atuais, dentro da Prefeitura. Uma disputa de "zerinho ou um" para decidir quanto o funcionalismo do município levará de reajuste salarial para casa! Funciona mais ou menos assim: se der zerinho ou um na mão do primeiro que vencer a parada, este é o índice.
Se for zerinho pronto, acabou, finite. Mas se for um (vamos colocar o % para facilitar), aí podemos nos lembrar de 2008, quando o pré-candidato Gustavo Prandini defendia a proposta do mesmo Sintramon, hoje relegado ao plano de ouvidor apenas. Qual era o índice apoiado por Prandini? 31% de reajuste, ou 3000% a mais do que o que estou falando. E dava pra fazer!
Se a economia de Monlevade tivesse encolhido neste nível, hoje seríamos quase todos mendigos. Como a economia monlevadense não encolheu neste patamar, temos que reavaliar algumas posturas críticas. Que houve uma mutação genética entre o Gustavo candidato e o Gustavo Prefeito até as antenas da Prandinet sabem. Mas a mutação aconteceu com 3000% de desnível?
Fazer oposição é difícil. Quando o governante está governando, o papel do opositor é dificultado pra caramba, porque fica parecendo papel de carpideira: não importa quem é o defunto, o importante é chorar. E o papel do opositor fica ainda mais difícil quando o próprio governante se encarrega dele.
Para o resto da escumalha (eu incluso) sobra a tarefa de lembrar, por exemplo, que a gasolina aumentou. Que o arroz aumentou. Que o feijão aumentou. Que a água ficou mais cara. Que a luz está reajustada. Que o aluguel subiu. Que a inflação está na casa dos 5% ao ano, em média.
E que os servidores da Prefeitura de Monlevade comem, bebem, pagam contas e vivem no Brasil. Oremos!
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