Il morituri te salutant...
Ave, César! Os que vão morrer te saúdam... Pode ser uma tradução possível. Assim eram cumprimentados os Césares pelos gladiadores do Coliseu, na Roma Antiga. Não deixa de haver uma antologia poética, inteira e amarga, em uma única frase.
Grande parte dos gladiadores efetivamente morria. E nunca faltaram gladiadores para esta atividade estranha, a de morrer, porque grande parte dos gladiadores eram escravos em busca de libertação. Já que um dos prêmios para os eventuais sobreviventes era a libertação plena, sempre havia os bravos de natureza intrínseca a correr o risco de viver, a qualquer custo.
Muitos séculos depois, a situação não mudou tanto assim. Ainda há os que saúdam aos Césares modernos, por força de obrigação. Mas ao curvarem seus corpos diante do Imperador, tudo o que sonham é lutar até o último de seus limites. Porque um dos prêmios possíveis é a vida livre e plena.
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