segunda-feira, 23 de maio de 2011

Professora Amanda Gurgel

Eis um número que traduz tudo, em se tratando de Educação Pública no Brasil. Nove, três, zero. O salário  mensal da educadora Amanda Gurgel, potiguar de fibra e de vergonha na cara, é de nos fazer refletir muito qual país estará aqui em vinte ou trinta anos.

Em outra ponta, o odiado parlamentar Jair Bolsonaro realiza um discurso inusitado mas esclarecedor: "Quero reforma é do eleitor. Se fosse proibido o voto para quem não possui o 2.º Grau completo e nem uma fonte de renda lícita, mesmo que informal, o político iria se esgoelar para levar escolas e empregos para onde pudesse. Só para não ficar sem voto."

Concordar com Jair Bolsonaro é o mesmo que engolir sopa de Sansão do Campo com Urtiga, mas eu faço isso para este fragmento de discurso. Às vezes o remédio mais horrível é que concentra o poder de cura da doença. Só faltará achar um remédio para a doença que é representada pelas outras ideias do Bolsonaro.

Nove, três, zero. Amanda Gurgel nunca mais vai sair da minha cabeça. Não porque ela tenha ido à grande mídia. Mas porque, no que eu sinto, ela foi ao grande coração de muitos brasileiros. Porque ela disse o que vai no coração de quase todos os educadores do Brasil.

Porque, com este tipo de remuneração existindo entre nossos professores, falar em valorização educacional é uma grandissíssima piada de mau gosto.

Mas a Copa e a Olimpíada vem aí! Temos que manter estas informações em mente...

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