sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sinais de paz

Tenho esperanças de que hoje, finalmente, eu obtenha a licença para retornar à Quarentena e ao meu querido paralelo 38N, a Zona Desmilitarizada. Como já informei antes, nem eu estou me suportando neste momento. Sinais de paz, quando verdadeiros, devem ser aceitos imediatamente, e é o que me proponho a fazer.

O maior problema em se estar numa guerra é que do outro lado há pessoas. Geralmente soldados que são tão vítimas quanto nós mesmos. Os generais não empunham granadas e metralhadoras numa trincheira. 

E os soldados estão pensando em muita coisa, antes de pensar em atirar. Família, sonhos, vontade de não estar ali sem seus generais na linha de frente, a ironia do mundo em que os camundongos estão na trincheira e os ratos maiores estão na salinha com ar condicionado e rosbife com champanhe, etc...

Que esta Sexta possa ser o Dia da Paz possível, até o período em que, voluntária e conscientemente, irei iniciar minha guerra pessoal. Até aqui tive que brincar de soldadinho atirando bolotas de papel, o que não pertence ao meu perfil.

Oremos.

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