quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palocci é um portento

O homem conseguiu cair duas vezes, em dois governos consecutivos, de dois "amigaços" prontos a não enxergar o óbvio e ululante. O que mais nos envergonha é que Palocci não é um portento de estupidez. Ele só caiu porque uma voz de oposição ao óbvio e ululante se levantou e tomou corpo.

Governos tendem a ser mesquinhos. Não gostam de prestar contas de coisa alguma à sociedade que é obrigada a colocá-los onde estão. Este é o único motivo pelos quais uma oposição firme deve existir sempre, porque admitir o contrário seria admitir o fracasso do que todos nós somos enquanto sociedade que se respeita.

É óbvio que um governo liderado pelo PT é igualmente bom e ruim, exatamente como um governo tocado pelo PSDB, PMDB, PSB, PSOL, PV, PRB, PP, PR e qualquer outra sigla que se queira somar aí seria bom e ruim.
O que precisamos aprender com nações mais desenvolvidas é separar muito bem o joio e jogá-lo fora quando o retiramos dos montes de trigo. O resto é simples manutenção da ordem moral e ética das coisas como elas são. 

O que nossos políticos precisam entender é que este é um ônus da democracia. Quando quer, ela cobra atitudes, mesmo que apenas políticas, já que nosso Poder Judiciário é outra piada em algumas de suas ações institucionais. Quem sabe nosso Judiciário não aprende também a ser mais desenvolvido?

Resumo da ópera: o afastamento de Palocci não resolve o problema de seu enriquecimento estrondoso e rápido. Mas redime em pequena parte ao governo que o abrigou, mesmo após saber de seu enriquecimento estrondoso. E rápido, como sua queda. Assim as coisas deveriam ser no Brasil inteiro, o tempo inteiro.

Nenhum comentário: