quarta-feira, 13 de julho de 2011

Meu Porshe vale mais do que você

Assim deve estar pensando, com pesar, o estúpido que matou uma cidadão brasileira porque estava com vontade de testar os limites do carrão importado que tinha. Ele não quis testar o carro numa pista, porque aí poderia morrer sozinho e assim o ser humano não aceita. Ele tem que levar a sua miséria interna a contaminar outras vidas inocentes.

O pesar, diga-se, não é pela vida que se foi. É pelo carro que ficou destruído, com prejuízo para o bolso do assassino. É lógico que se levantarão muitas vozes para defendê-lo ("Ninguém entra num carro disposto a matar outra pessoa assim, sem mais nem menos"), mas e daí? Pessoas defendem cada coisa hoje em dia...

Assassino, estúpido, covarde, cruel, desumano e qualquer outro adjetivo difamatório cai bem nessas horas. Já que o ricaço pagou fiança (300 mil reais) vai aguardar o julgamento (se for julgado) em liberdade. Ainda bem que houve a regulamentação das fianças elevadas, porque senão seria pior. Ele poderia pagar 5 mil e ir curtir em casa.

Me surpreenda, Brasil. Evolua. Nem que seja só um pouco.

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