Eis um fenômeno dos novos tempos. Sou insistentemente cobrado pelos meus filhos para ter contas no Orkut, no Facebook e no Twitter, no Quepasa, no Linkedin e no escambau. Entendo a ansiedade dos dois, e não entendo de forma alguma.
Porque sou pai na vida real em volume muito mais considerável. Sou uma pessoa de carne, osso, dúvida e esperança, fé e vontade. Assim é que me entendo e assim é que me gosto. Estar no mundo virtual é um prazer e um sacrifício. Como prazer, deve ser aproveitado com moderação. Como sacrifício, deve ser utilizado por mim mesmo como aprimoramento.
Os cientistas do estudo relacionado no link tem as suas razões. Eu prefiro ter as minhas razões, que são paralelas e esbarram em alguns pontos de convergência. O fato de as pessoas estarem se infantilizando na rede é, a meu ver, apenas reflexo de uma infantilização que elas possuem na vida real. E que pode ser ampliada pelos mecanismos virtuais de interação, mas dificilmente será criada por eles.
O Drops é espaço de autopromoção. Eu prefiro pensar que ela acontece de forma serena e não agressiva, e isso pode não corresponder ao pensamento de quem comparece aqui para conhecer o que penso e quando penso. Tenho que respeitar essas divergências naturais.
Utilizo o Twitter com moderação e imagino que, mais cedo ou mais tarde, vá utilizar o Orkut e o Facebook. Talvez somente um dos dois, porque cumprem uma mesma função. Apenas tenho que encontrar o tom certo; não imagino um mundo melhor se nesse mundo houver uma necessidade minha de mostrar a um número maior de pessoas alguém que eu não seja na vida real.
Até o momento, não me infantilizei. E vi dezenas de pessoas utilizar redes sociais sem cair nessa roubada. Portanto, a teoria deve ser analisada com muito cuidado e critério, para não parecer apenas a linguagem de cientistas de comportamento que ficaram congelados no tempo.
Minha preocupação maior é com a infantilização das ruas. Sem ela, não haveria a infantilização virtual.
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