quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Deveres, alguém se lembra?

Eu sou de uma geração que ainda foi educada no cumprimento de deveres. Nada de muito absurdo, apenas a cobrança normal de padrões que sempre se encaixaram no bom senso, na dignidade da pessoa humana, na coerência de valores e na exigência de seus direitos somente após o cumprimento dessas etapas obrigatórias.

Essa educação se perdeu. Hoje, o mais comum dos comportamentos é mandar para a casa do carvalho as obrigações mínimas e exigir, feito bebê mimado e chorão, que a mão amiga surja de algum lugar para resolver os próprios problemas.

E ainda há idiotas o bastante para abraçar essa causa. Não eu. Não vou ajudar a humanidade a se afundar na lama do "politicamente correto" que é garantir direitos no papel. Só no papel, porque na vida prática eles custam muito dinheiro e este precisa vir de algum lugar. Normalmente, dos bolsos de quem cumpre suas obrigações e deveres à custa da própria qualidade de vida.

Meu ciclo de vida está acabando. Não sou mais um garotão de 18, o que significa que meu papel social está, também, no fim. Não sei se vou conseguir deixar um mundo melhor para meus filhos ou filhos melhores para meu mundo. 

O que me deixa triste ao extremo é que, dependendo de escolhas que vamos fazer, podemos acabar é deixando um mundo e muitos filhos perdidos, esperando milagres onde deveriam operar milagres atravaés do trabalho e da decência diária.

Bem, sempre haverá gente para nos chamar de burgueses, patrõezinhos, fascistas ou outro rótulo qualquer. geralmente são pessoas que não deixam um terço de sua vida produtiva ser tragado pelos "coitadinhos", aqueles que não movem um único dedo para evoluir por si mesmos.

Alguém mais inteligente do que eu descubra uma saída possível.

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