quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Privataria Tucana

O livro do jornalista Amary Ribeiro Jr, que trata de falar sobre desvios e desmandos de uma boa parte de políticos do PSDB, vai demorar para chegar em minhas mãos. Este é o maior motivo de porque ainda não falei sobre o livro: é bom tomar conhecimento aprofundado para que a opinião seja isenta o mais que puder.

Mas uma coisa já me chamou a atenção: a revista VEJA lançou uma matéria de capa que parece cair como uma luva para dar credibilidade ao livro. Eu gosto da revista VEJA e sou leitor há mais de quinze anos, portanto sei que ela lançou denúncias e acusações contra todos os governos já passados na história democrática do Brasil.

Também sei que o viés ideológico de VEJA é diferente do viés ideológico em voga há muito tempo no Brasil, e que é bonito de se ver na teoria, mas na prática é letra morta. Simplesmente penso que os partidos políticos são eventos orgânicos, cuja qualificação está diretamente relacionada à qualificação de seus integrantes. Logo, temos partidos políticos tão heterogêneos quanto as pessoas que os compõem, no Brasil e no mundo.

Sou adepto da ideia e da prática de que, se o livro contiver fatos e provas a mensurar e punir, ótimo que se façam as duas coisas. Sem perder de vista os fatos atuais, também. Nosso país é, no dizer de Millor Fernandes, indubitavelmente o país do futuro. Por isso inventamos o cheque pré-datado, uai!

Mas o que mais importa, seja no rincão de Monlevade ou no coração de Brasília, é o que estamos fazendo para que o futuro seja bom e justo. O resto é pouco relevante, inclusive o barulho que se fará em cima do citado livro. provavelmente algum simpatizante de outra corrente política editará um livro sobre traquinagens e estripulias do PT, ou do PMDB, ou do DEM, ou do PSB, ou do PV, ou do PSD por exemplo.

O que podemos fazer é torcer para que sejam editados muitos livros, abrangendo todas as siglas possíveis. Políticos se vêem em apuros sempre que muito barulho é feito em torno deles.

Um comentário:

Manthis disse...

Célio,
Até gostaria de ler este livro. Mas o autor já foi acusado de vender dossiês a partidos políticos para derrubar campanhas políticas. Isto me fez perder a credibilidade.
Se a pessoa realmente tem provas, o caminho natural seria o Ministério Público, e não a venda de documentos.
Ganhar dinheiro desta forma, no meu ver, é desonroso.