sexta-feira, 16 de março de 2012

Redes sociais e responsabilidade ética

Não sou um "antenado" clássico. Tenho facilidade em ligar com a linguagem, gosto de computadores, manejo razoavelmente estas ferramentas digitais e virtuais com que vivemos ultimamente. Mas não abro mão da vida aqui fora, de carne e osso e problemas e alegrias reais.

Por isso tento manter uma conduta responsável e ética, mesmo no ambiente virtual. Ainda que esta conduta gere desconforto ou alguma dúvida entre as pessoas com as quais me relaciono.

Vou citar dois exemplos recentes: fui convidado para um grupo de pessoas na rede social Facebook: o grupo "Eleições 2012" destinado a construir um debate sobre este momento importante que viveremos em breve. A iniciativa foi do também blogueiro Raoni Ras, atualmente estudando ciência Política no Rio de Janeiro.

Após frequentar as discussões do grupo por uns poucos dias, já me desliguei do mesmo. O motivo? O mais antigo de todos: muitas pessoas tem dificuldades em separar as instâncias de vida. O propósito elevado se perde na primeira oportunidade de tornar a discussão uma coisa rasa, transformando-a em bate-boca e troca de insultos gratuitos. Não é minha praia.

Também entendi o que foi solicitado dos participantes: nada de plataforma eleitoral antecipada e mal disfarçada. Como observei que o grupo já se transformava exatamente nesta praga indesejável, retirei-me eu. Os incomodados e dotados de senso responsável devem ser os primeiros a sair.

Uma rede social não deve ser considerada terra de ninguém. Na minha humilde ignorância, penso que elas são lugares onde devemos pautar nossa conduta exatamente como nos pautamos quando estamos fisicamente junto das pessoas.

Ética não deve ser apenas discurso de ocasião. Moral não deve apenas ser padrão maleável. Somos superiores a este tipo de vivência empobrecida, acredito.

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