domingo, 5 de abril de 2009

381 Cap. 4 - Variáveis demais

O termo "variáveis", aqui, tem o mesmo sentido matemático: são tantos os fatores a considerar antes que esta rodovia seja modernizada, que é quase impossível prever qual será o efetivamente adotado.

Entretanto, algo é irretorquível: a se confirmar a tendência de tungar o contribuinte de novo, a melhor opção seria adotar a duplicação do traçado atual com a retificação dos trechos curvilíneos críticos.

Não é a solução menos cara, nem a solução mais viável tecnicamente: mas iria alçar o entorno de João Monlevade a outro patamar econômico, porque uma estrada moderna faz com que a economia local gire mais agilmente.

E ainda restaria a vantagem (imensurável) de alavancar as economias mais próximas, como Nova Era, Antônio Dias, São Gonçalo, Nova União, Ravena, Acesita fabriciano, Timóteo e Naque. Todas estas se beneficiariam mais por causa da proximidade de seus centros urbanos em relação à pista atual. As outras receberiam benefícios mais periféricos, porque suas portas de entrada distam um pouco mais da pista da 381.

Parece-me justo que as cidades do entorno recebam este bônus. É pequeno, mas é melhor que nenhum.

Economicamente, a duplicação agilizaria o escoamento de cargas, minimizaria o gasto com os acidentes frequentes (adotada, claro, a retificação de traçados mais críticos)e reduziria o gasto com despesas médicas e de recuperação de feridos graves.

Ao longo dos anos, estes três aspectos já seriam suficientes para bancar o gasto total da obra. Que, repito, já foi quitada previamente. Em muitas moedas, inclusive com o sangue de muitos inocentes.

Penso que a união geral de mobilizações, em todos os municípios afetados, poderia fazer pender o fiel da balança para a duplicação com dinheiro governamental e posterior privatização. É o modelo menos burro: 2,2 bilhões de reais depois, esta parte da 381 (Calha Norte) renderia muito mais ao Estado brasileiro em poucos anos, via pagamento de pedágios menos abusivos.

Porque pagaremos estes pedágios, sem sombra de dúvidas. A questão é saber o quanto os políticos estão famintos por mais verbas de campanha, e a que preço obterão estas verbas de forma mais rápida ou mais lenta.

Prefiro que seja da forma mais lenta. Na rápida, posso pagar com minha vida a fração que me couber. E não quero isso, como imagino que ninguém queira sequer cogitar esta possibilidade.

No próximo e último capítulo da série faremos apenas uma ou duas considerações finais, sobre as chances de obter o melhor de dois mundos. Duplicação sem pedágios.

Um abraço!

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