sábado, 25 de julho de 2009

Dr. Jekyll, Mr. Hyde - Parte I

A obra de Robert Louis Stevenson recebeu no Brasil a tradução de "O médico e o monstro", bem adequada por sinal. O livro fala sobre o monstro interior que todos nós temos, e que surge nas horas mais inesperadas, para nos assustarmos com o que somos capazes de fazer.

Quem já não olhou para um filho, pequenino e frágil, fazendo alguma estripulia de criança, e não sentiu ganas de dar uns tapas? Quem não passou pela experiência de querer partir para cima de um motorista folgado e atrevido que passou pelo seu caminho?

Nestas horas é Mr Hyde, nosso monstro interior, que toma conta de nossa vontade e, algumas vezes, de nossas ações. Ninguém está livre dele. Alguns, por motivos diversos, dão liberdade a seus baixos instintos. Por isso o noticiário policial, algumas vezes, traz monstruosidades. Porque Mr. Hyde é um monstro.

Vamos a um exemplo ilustre:

Lula - o cidadão - é Dr. Jekyll. Afável, brilhante, dedicado e tenaz. Sua formidável bagagem e sua trajetória pessoal não poderão jamais ser apagadas. Como cidadão, é uma figura inigualável.

Luís Inácio da Silva, o presidente, é Mr. Hyde. Quando inventa de cometer atrocidades, o faz de forma inigualável. Tomemos o exemplo de seus pronunciamentos, quando se esquece de que fala em nome do Brasil, e não apenas em nome de Lula, para defender caudilhos - qualquer um em qualquer canto - mas especialmente os da América do Sul.

Imagine uma reunião no inferno: Fidel, Chávez e Manuel Zelaya, reunidos, fariam o Diabo colocar as barbas de molho imediatamente. Com medo da conspiração inevitável e da tomada do poder, por parte de um deles ou dos três em conjunto.

O presidente Luís Inácio da Silva, de forma incompreensível para mim, já defendeu os três. E falando em meu nome, o que não aceito. Acho que todos são cânceres que atacam um dos pilares da vida em sociedade, o regime democrático de direito. E o fazem de forma descarada, utilizando-o para destruí-lo.

Lula defende o Bolsa Família. Eu também, na medida em que não vejo como substituí-lo agora por outro mecanismo mais eficiente de inclusão social.

O presidente Luís Inácio não se preocupa em melhorar o Bolsa Família, tornando-o também uma porta de saída para a miséria. Atualmente o programa ameniza a pobreza, mas não ajuda a eliminá-la. E o presidente Luís Inácio vai utilizá-lo para alavancar sua reeleição - ilícita - ou a de seu candidato ou candidata, esta uma eleição lícita. A alavancagem é que será marota.

Lula, ou o Dr. Jekyll, tem a rara habilidade de aglutinar pessoas que o admiram, em todos os espectros políticos. Luís Inácio, o Mr. Hyde, uniu-se a Jáder Barbalho, Romero Jucá e José Sarney. Também a Collor, a Renan e a tantos outros. Coerente, para quem apóia o trio de caudilhos sulamericanos. Mas nestas horas não pode falar em meu nome, porque não o autorizo.

Não condeno o Mr. Hyde de Lula. Tenho o meu. O que nos separa é que não utilizo o meu Mr. Hyde para falar e agir em nome de outras pessoas.

Agenda oculta? Não apóie o Mr. Hyde de ninguém, em nenhuma circunstância, em lugar algum. Todo monstro só conhece de executar monstruosidades.

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