sábado, 25 de julho de 2009

Dr. Jekyll, Mr. Hyde - Parte II

Agora um exemplo bem menos ilustre: Thiago Gonçalves, o Dr. Jekyll, e Thiago Moreira, o Mr. Hyde. Um caso raro na medicina psiquiátrica em que um cidadão apresenta suas duas faces ao público circundante, sem qualquer reserva ou cerimônia. Vejamos:

Dr. Jekyll é empregado de Mauri Torres. Logo, deve-lhe a gratidão, por dever de caráter e por dever de honra. Por dever de ética, deveria lembrar-se de seu juramento acadêmico e profissional. Eventualmente deve tê-lo prestado, após sua formatura, se não tiver cochilado nesta hora.

Mr. Hyde só é empregado de Mauri por tabela, já que seu alter ego recebe todo mês. Mas Hyde é monstro, e não possui o refinamento necessário para entender pequenas diferenças. Hyde não é sutil.

O último momento Jekyll de Thiago perdeu-se nas poeiras do tempo e do espaço de João Monlevade. Talvez nem ele se lembre que já foi Jekyll um dia.

Os momentos Mr. Hyde, pelo contrário, vem se amontoando como esterco debaixo de vaca confinada. Não param de crescer e tendem, no longo prazo, a matar por asfixia química o animal que os produz.

Exemplos distantes?

Desceu a lenha no carnaval que iria acontecer. Desceu a lenha no cancelamento do mesmo. Desceu a lenha nos buracos. Desceu a lenha nos consertos. Desceu a lenha nos problemas do PA. Desceu a lenha nas soluções do PA. Hyde entende mesmo é de descer a ripa, embora NUNCA TENHA APRESENTADO UMA ÚNICA IDÉIA DE SOLUÇÃO para o que seu olhar míope (metaforicamente falando) aponta. Até que faz sentido. Se o Thiago Jekyll nunca conseguiu esta façanha, porque o Hyde iria conseguir?

No entremeio, Hyde afirmou que a cidade estava sob um governo fascista. Crime de calúnia. Afirmou que foi construído um curral em frente ao PA, esquecendo-se das crianças que passaram a brincar ali. E dos adultos que passaram a usar o local para o lazer. Chamou monlevadenses e seus filhos de cavalgaduras. Crime de injúria.

Afirmou que a administração atual pirateou e roubou programas de governo passados. Crime de calúnia e crime de imbecilidade. Programas de governo pertencem à sociedade, não aos gestores responsáveis por sua execução.

Desafiou o atual Prefeito a conseguir governar, frente à queda de arrecadação que assolava o país a partir de setembro do ano passado. O Prefeito está governando, com crise. Agora exige que façamos comparações de 210 dias de administração atual contra 2.920 dias do governo que passou - e portanto está morto e enterrado. Não é crime, é um atestado de má-fé e ignorância matemática apenas. Mas preocupa.

Todo gestor competente conhece uma realidade que não é boa de ser dita, mas que é dolorosamente real: administra-se a crise, porque a fartura é para se aproveitar. Tivemos quase oito anos de fartura que foram bem aproveitados. Estamos tendo quase sete meses de crise que estão sendo bem administrados.

Fatos, mas Mr. Hyde não entende. Hyde só de ocupa de destruir, de desconstruir, de confundir. Vindas de um monstro, estas atitudes são compreensíveis e inofensivas. Vindas de um Jekyll, que deveria ser profissional, elas são o exemplo de como se pode sempre tentar andar mais depressa. Só que para trás.

O Thiago Hyde está cada vez mais, falando cada vez mais, sobre cada vez menos. Até chegar o dia em que atingirá seu nirvana individual: falará absolutamente nada sobre absolutamente coisa alguma. O mais irônico é que, neste processo, o Thiago Hyde irá cada vez mais sublimar o Thiago Jekyll que um dia esteve em seu lugar.

Em um futuro não muito distante, estes dois Thiagos estarão desligados do atual patrão. Não digo desempregados, mas sem vínculo funcional com ele, certeiramente. Será que Mauri Hyde irá socorrê-los?

Agenda oculta? Meu Dr. Jekyll está considerando seriamente a possibilidade de abandonar a análise do Thiago Hyde. Os resultados são sempre inconclusivos ou desanimadores. Afinal, todo Hyde é monstro, mesmo.

Nenhum comentário: