E Miguel, o mais magnifíco dos Arcanjos, aproximou-se do Criador e externou sua curiosidade:
-Senhor, por todos os ângulos em que observo Tua obra, só vejo maravilhas: as águas mais puras, os animais mais belos, e plantas de exuberância ímpar. Vejo harmonia e equilíbrio entre luz e sombra, entre verdes a azuis e amarelos e vermelhos, vejo planícies exuberantes e montanhas majestosas. Tanta beleza e perfeição não o incomodam?
Ao que o Senhor retrucou:
- Porque me incomodariam, Miguel?
- Porque, Senhor, se tudo o que vejo é perfeição, qual será o Teu trabalho naquele mundo perfeito? Como Tua obra continuará a ser necessária?
O Mestre dos Universos piscou marotamente para o Arcanjo, retrucando:
- Ah, vou ter ainda trabalho para uma eternidade. É que você ainda não viu a raçazinha de merda que eu vou criar para administrar todas essas maravilhas!
E logo em seguida o Puríssimo pôs-se a moldar um punhado de barro, sob o olhar incrédulo do seu Arcanjo boquiaberto.
Um comentário:
Caro Amigo Célio,
este post me reportou ao Apocalipse.
Apocalipse, now.
Abraços.
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