sábado, 8 de agosto de 2009

Dia dos Pais

Estou me adiantando, porque amanhã, por razões óbvias, estarei fora do computador e de muitas outras coisas. Estarei dentro de um carinho e de um amor que me tem mantido lutando, e que me manterão lutando por todos os anos que me restam.

Não tive pai, se considerarmos que ele morreu cedo demais. Eu considero. Tenho 42 anos e há 39 não posso dar um abraço no velho e amado Sebastião Lima. Mas este amor que não pôde dizer suas palavras é tão forte quanto aquele que Bianca Lima e Arthur Lima fazem dizer tantas palavras para eu escutar.

Três gerações de Lima se unem por ausência e presença, no aspecto físico. No aspecto emocional, só presenças. Como exprimir um sentimento que é, o tempo todo, presença e dedicação?

Como não tive um pai físico, um dos meus maiores medos era o de não saber ser pai. Como criar os meus filhos? Acho que a única resposta que encontrei, sem saber que fazia isso, está bem clara no post abaixo: estou criando filhos melhores para o planeta, com a certeza de que eles criarão um planeta melhor para muitos outros filhos.

Amanhã devo ganhar um pijama, talvez um par de meias (detesto gravatas!), quem sabe uma camisa nova? Porque algo feito à mão acho complicado, a gripe suína adiou as aulas e, portanto, muitas professoras não puderam auxiliar no nosso dia. Uma pena, mas ser pai é isso aí, também. A gente topa ficar em segundo plano. Faz parte de se ser, igualmente, herói. Bom, pelo menos no meu caso há dois pares de olhos castanhos de criança que acreditam nisso. O amor me faz acreditar que eles sejam meus heróis, também.

Antes que eu fique chato, desejo para os pais, amanhã, um dia especial. Não pelos filhos, mas por nós mesmos. Porque os filhos fazem todos os nossos dias especiais. Precisamos aprender com eles, enquanto exercemos essa função misteriosa e nobre.

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