terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ingressos para a cavalgada

1 - Poderiam custar uma caixa de sabão em pó, um amaciante de roupas, uma lata de leite em pó, um pacote de arroz (5 Kg), um vidro de xampu ou condicionador de cabelos, gêneros de alimentação e/ou higiene e limpeza diversos. O material arrecadado seria entregue à Instituições muito conhecidas nossas: Lar e Abrigo São José, Colônia Bom Samaritano, Sociedade de São Vicente de Paulo, APAE, dentre outras. Seriam dois grandes shows para Monlevade: um para o lazer, outro para a ação social afirmativa.

2 - Poderiam ser pagos com horas de voluntariado, comprometendo-se a pessoa que os retirou a prestar serviços comunitários em prol do desenvolvimento de nossa sociedade.

3 - Poderiam ser trocados por livros paradidáticos em bom estado ou novos, doados à Biblioteca Pública Municipal. Cultura não vem só de Gino e Geno/Zezé di Camargo e Luciano, e outros mais. Ela tembém se constrói no silêncio dos livros, que diz muito a quem quiser ouvir.

4 - Parte deles poderia ser obtida durante um grande mutirão de limpeza das margens do Rio Piracicaba e de córregos dos nossos bairros. A natureza e nós mesmos sairíamos ganhando no processo.

5 - Parte deles poderia ser obtida em grandes arrastões de replantio de espécies nativas, no entorno de nascentes de água, para protegê-las de nós mesmos.

Melhor parar por aí. Algum assessor brilhante convenceu o Prefeito de que a distribuição em praça pública, sujeitando pessoas nobres e de bem a suportar o calor estranho deste inverno, seria ótimo marquetingue político. Contrariando tudo o que a pessoa de Gustavo Prandini representa, em essência.

Espero que não o tenham colocado lá por quarenta minutos, distribuindo ingressos. Espero que muitos trabalhadores não tenham ficado sem ingressos, por razões óbvias. Espero que cambistas não vendam tais passaportes da alegria, porque seria impossível resistir à dúvida de que alguns foram distribuídos fora de praça pública, e mais difícil ainda provar que isto não aconteceu. E não estou afirmando isto, que fique bem claro.

Espero que não seja uma revanche da festa no Aniversário da Cidade, que não aconteceu como gostaríamos. Paciência, algumas coisas não acontecem como planejamos. Metas são para ser buscadas, porque quem trabalha com diretrizes definidas não pode ser humano. Tem que ser divino. Os fanáticos religiosos que conhecemos nos dão uma dimensão exata do que é uma diretriz fechada.

Em suma, espero que não mais o Prefeito seja tão mal assessorado como o foi agora, neste episódio que ficará marcado para o bem e para o mal, em nossa cidade. Gustavo não merecia isso.

Agenda oculta? A imagem que fica, para qualquer político, é dada por sua assessoria. Para o bem. Para o mal. É bom lembrar, sempre, que do outro lado está o povo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns caríssimo Célio,
A sua colocação representa o pensamento de praticamente toda população, incluindo aí até mesmo quem conseguiu, a duras penas os famigerados ingressos.
Realmente uma prefeitura que conta com mais de uma dezena de assessores, que ganham mais de R$6 mil, deixar o prefeito pagar um preço político desses, merece ser repensada.
Quem comemorou muito esse episódio foi o ex-prefeito Carlos Moreira, que iniciou sua campanha para deputado federal sem gastar um centavo.