quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Eu me amo

"Eu me amo, eu me amo,
não posso mais viver
sem mim..."

Quem, da minha geração, não vai se lembrar deste verso? Cantado a plenos pulmões por Roger, vocalista da banda paulistana de rock Ultraje a Rigor, revela hoje um talento inato para a grande filosofia, que nós não nos preocupávamos em procurar nos amalucados anos 80.

Pela mesma época, o mesmo Roger também apregoava:

"Por isso eu sempre sou terceeeeiro, oba! Oba!"

2009. Roger e o Ultraje estão menos que presentes na grande mídia. As mensagens, entretanto, ficaram. Pelo menos comigo.

Amor não é reflexivo. Amor vem como reflexo. Ele é bidirecional e trimidensional, mas o "Eu me amo" não faz parte do que sabemos, e sim do que somos. Ninguém é autorizado a se amar, isto é pressuposto de estarmos vivos. O importante é como sabemos cativar para sermos amados por alguém.

Já pensou em afirmar algo do tipo "eu respiro"?. Pois é. O rcaiocínio é análogo...

Eu me amo? Claro que não. Eu me idolatro? Claro que não. Alguém me ama? Claro que sim .(Ou não valeria a pena viver) Alguém me idolatra? Claro que não. Sou humano e tudo que é humano, é imperfeito.

Mas como tem gente que se ama demais, meu! É tanto autoamor e autoidolatria que não consegue abrir os olhos para os que estão à volta. Ninguém pode ter visões diferentes. Ninguém mais pode estar certo, quando eu tenho certeza absoluta que estou, e etc...etc...etc...

Viram como Roger, e o Ultraje, eram visionários? Quem se ama e não pode viver sem si, geralmente chega em terceiro. Mesmo que lidere quase todas as voltas de uma corrida, desde o início, ninguém pode esquecer: só é necessário liderar uma - a última volta!

Não me procurem depois para entendermos juntos a terceira colocação. Sou humano, meus olhos vão estar focados no vencedor. Aquele, que por não se amar demais, que por não igonar os outros competidores, teve estrutura emocional e lógica para liderar só a última volta.

Touchè!

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