Como não poderia deixar de ser, a fluidez da política pressupõe bilateralidade. Fazer análise política significa abordar o que é visível e, neste sentido, o post abaixo não possui incorreções.
Mas está incompleto, por uma variável que eu não conhecia. O movimento de aproximação entre a dupla PV/PMDB, iniciado há pouco tempo, encontrava-se em meu imaginário como algo que foi discutido entre a atual parceria PV/PT.
Pela postagem de um leitor que foi publicada abaixo, depreendo que não houve o diálogo necessário entre as partes. Uma pena. Política se faz com aglutinação e convergência.
Então, o restart geral precisa ser ampliado mais um pouco. Para início de conversa, há uma espada jurídica sobre o pescoço da atual Administração. O bom senso recomendaria que se aguardasse o movimento final da lâmina para, aí, decidir uma eventual correção de rotas e rumos.
Não é o que se pretende que conta. É o que se aparenta aos olhos externos que realmente faz a diferença e fica para a História. Neste aspecto, toda esta movimentação aponta para uma cizânia antecipada, dentro do grupo situacionista, aos olhos externos.
Que os experts de plantão queiram explicar tudo sob a ótica do marketing, essa divindade pagã que teima em reinar o mundo, vá lá. Aceito sem concordar. Mas é de uma insensibilidade com o povo, com o eleitor, que nada pode colorir de positivo ou de bonitinho. Ficou, mesmo, muito feio, muito amador, muito pueril.
Significa, assim, que a corrida eleitoral de 2012 foi antecipada por quem (e aí se incluem no mesmo baldão PV, PT e aliados) menos teria interesse real em iniciá-la.
O genial autor (ou autores) deste movimento pode se orgulhar de ter concluído com louvor o curso de artilharia. E deve se matricular, urgentemente, no curso de tática. Atirar contra o próprio pé é tolo, desde os tempos em que o mundo é mundo. Ainda que seja necessário em situações extremas. Eu só me perguntaria qual situação extrema surgiu agora, tão cedo no cenário...
A mesa de reuniões da política é sempre escassa. Não há lugares para todos que se acham no direito de sentar. Isto é lógico. Mas há lugares que os anfitriões devem saber que precisam ser ocupados, queiram os donos da festa ou não. Para o bem da festa e da noite.
Espero não ser bombardeado com críticas baseadas em falácia. Espero ser bombardeado com críticas lúcidas e lógicas. Imploro para que deixem o marketing de fora, pelo bem da minha saúde mental. Estou imune ao marketing.
Porque ele é capaz de vender um cavalo de três pernas como vencedor de um páreo. Se ocorrer a improvável vitória, mérito do marketing. Se ocorrer a provável derrota, demérito do apostador que não buscou outras variáveis que se encontravam ocultas. O erro é sempre do espectador, nunca do marketing aplicado... Aí fica fácil.
Esta é uma opinião pessoal. É bom que haja o alerta, porque não falo em nome de mais ninguém que o ninguém que eu sou. Tomara que alguém se disponha a dizer algo concreto para a sociedade monlevadense. Ela não merece ter a inteligência insultada. nem por situações, nem por oposições. E ponto final no respeito à cidadania plena. É inegociável.
Para Gustavo Prandini, ficará o ônus de ter aprovado o primeiro movimento. Um líder não pode dizer que não sabia, quando se trata de gestão superior. E a carreira política é dele, de ninguém mais.
Para manter o controle ético, aviso que paro minha análise pública deste momento por aqui. Não quero correr o risco de parecer porta-voz, quando ninguém - repito, ninguém - solicitou-me este trabalho.
Agora, cabe aos jornalistas especializados. Que tenham luz em seu caminho.
Aos eventuais leitores, as necessárias desculpas públicas pelo lapso de informação por mim cometido. Não sendo jornalista, não estou afeto ao Código de Ética da profissão, e não há um Código de Ética do Blogueiro. Logo, não feri qualquer preceito ético, mas ainda assim, tenho que assumir o ônus obrigatório do que afirmo.
Os poucos leitores, efetivamente, merecem todo meu carinho e respeito. Shalom!
3 comentários:
Parabéns pela lucidez de suas palavras.
PT Saudações
Caro Célio, parabéns pela análise tanto deste como do tópico anterior. também considero que o governo, e aí leia-se Emerson Duarte, foi quem iniciou o processo de discussão da eleição de 2012. Considero que se o nosso prefeito não acordar, este marquetêro, gostei dessa palavra escrita assim no comentário do outro post, mas voltando, este marquetêro vai levá-lo à ruína política. Você Célio que tem acesso ao prefeito o alerte para o bem próprio e para que as pessoas que acreditaram nele com uma pessoa que tem grandes planos para nossa cidade não o vejam simplesmente como um FANTOCHE do GRANDE MARQUETÊRO PRIMEIRO MINISTRO. Como diz Pastor Carlinhos, tenho dito.
Preciso fazer apenas um reparo. Eu tenho acesso ao Prefeito Municipal, tanto quanto qualquer outro cidadão monlevadense. E assim mesmo é que deve ser.
O que venho tentando, nos últimos dois anos, é mostrar algum valor para ter acesso a Gustavo Prandini, mas dentro do que ele determinar como distância adequada.
É como a construção de uma amizade. Leva tempo, discernimento, paciência. E é uma via de mão dupla, envolvendo duas personalidades plenas.
O único que poderia validar esta mão dupla seria Gustavo. Não posso alardear uma capacidade que não é minha, ou seria desonesto com quem me acompanha.
Um abraço!
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