Pela primeira vez, tive um comentário censurado no blog de Thiago Gonçalves. A censura deveria calar fundo no coração de um jornalista. Geralmente cala. Deve ser por isso que fui censurado, afinal...
Os ídolos costumam ter pés de barro. Por isso não creio neles. Ainda não censurei nenhum comentário neste espaço, embora tenha deixado claro que o farei, para preservar a legalidade. Entre o crime e a censura, fico com a censura. Entre a censura e o resto, fico com o resto, se não houver crime a evitar. Simples. E funciona.
Thiago Gonçalves não é nenhuma incógnita. Não é incomum, extraordinário ou acima da média. É mediano, e num Brasil inculto, isto parece diferenciá-lo. É falacioso e ilógico, mas neste Brasil louco, poucos não são.
Suas atitudes refletem o que vai pelo seu caráter agora. Não posso afirmar sobre o que seu caráter é, não o conheço tão a fundo assim. Nem me interessa conhecê-lo pelo que é, já que vislumbro pelo que faz.
E o que faz? Tem um patrão que possui mão de ferro e é bom ventríloquo. Assim, existe uma enorme confusão sobre os que circundam Thiago. Nunca se sabe se ele é livre para manifestar-se, ou se está repetindo um discurso empurrado goela abaixo pelo patrão.
Nunca se sabe se o blog é do Thiago ou do empregado. Nunca se sabe se o Diretor de Jornalismo da Rádio é o blogueiro ou o assecla. Nunca se saberá se a aversão à pesquisa e ao conhecimento é inerente ou forçada pelas circunstâncias.
Nunca se saberá se o marketing é próprio ou chupado de algum ícone.
E, com pesar, vejo que este Thiago público é pequeno. Muito pequeno. Oxalá o Thiago da vida privada seja uma pessoa grandiosa em seus propósitos.
Sendo um ditador em seu espaço, defende a democracia. Sendo escravo opcional, defende a liberdade obrigatória. Sendo cúmplice, o que não se confunde com ser parcial, condena as demais cumplicidades. Sendo humano, transparece condenar até mesmo outras humanidades.
Sendo vigilante, precisa ser vigiado. Não por sua importância construtiva, que está no nível da nulidade. Mas por seu potencial destrutivo, que está operoso e diligente. Como já afirmei uma dezena de vezes, esta equação perversa pode ser alterada pelo prório Thiago. Exemplos não faltam e espelhos idem, dentre seus partidários.
Serenidade é fundamento de experiências. Sendo jovem, ninguém pode cobrar dele a serenidade. Mas deve ser cobrada lucidez e respeito aos demais e iguais. Thiago está sempre em batalha de guerrilha. Se conseguir vencer uma única, toda a cidade perderá. Por isso mobiliza reações: não por sua relevância tática, mas por seu potencial lesivo às instituições e à sociedade.
E, lamentavelmente, ainda não percebeu uma verdade crua: no xadrez, os peões vão à frente. Quem conhece o jogo sabe o porquê.
Não mais postarei no seu blog, Sr. Thiago. Não o aborrecerei com minha impertinência, a menos que eu seja formalmente autorizado e informado sobre as limitações e condições, o que me dará a liberdade de concordar ou não com elas. Como o Sr. jamais postou neste espaço, não adianta informar que ele está à sua disposição.
Provavelmente o Sr. possui muitas reservas a meu respeito, e algum ressentimento. É compreensível e, democraticamente, respeito seu posicionamento neste sentido. Concordo com seus equívocos, já que tenho os meus. Só não posso concordar com sua causa, que não é nobre nem é justa.
E, mais uma vez, afirmo: sua dignidade não reside em ter uma bota apontada para o próprio traseiro. Ela reside nas ocasiões em que o Sr. retira o dito-cujo da trajetória da bota.
Há meios de se fazer isso, sem perder o emprego e a dignidade. Tenho certeza de que o Sr. os descobrirá, mais cedo ou mais tarde. Se resolver experimentar a busca destes meios, receba minha solidariedade.
Caso contrário, continue com o meu respeito às nossas diferenças. Este respeito é um dos pilares centrais do regime democrático. E, sem ele, não há vida nem verdade. Com ou sem limites.
2 comentários:
Célio Lima, grande cara! Estou acompanhando a pouco tempo o seu talento como cronista, em seu Blog, o que fazia anteriormente apenas quando fazia algum comentário em nosso Blog. Anda sumido do "Leunam". Mas, sem nenhum puxasaquismo, seus textos são bastante reflexivos e estruturados. É de gente "cabeça", como citaríamos em gíria no nosso tempo de "Babaus" (lembra-se, dos irmãos Willian e Maninho, onde está hoje a Padaria "Pão com Manteiga"?)assim que precisamos para alertar esta tal sociedade brasileira.
Em tempo: O PT mudou sim, e para pior.
Abraços.
Marcelo Melo.
Célio Lima, grande cara! Tenho acompanhado seus textos aqui no Blog e são bastante reflexivos e estruturados. Estou dando uma chegada aqui para dizer que precisamos de caras assim, "cabeças" -(como diríamos em gíria durante o tempo do "Babaus" - (lembra do bar dos irmãos Willian e Maninho, onde está hoje a Padaria Pão Tentação?), para fazer a nossa livre expressão.
Grande abraço, mas o PT de sua época mudou sim, e para pior.
Quanto ao caro jornalista, vou recitar o saudoso Gonazaguinha: "muito que aprender por aí, muito que viver por aí..."
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