Ao referendar uma das afirmativas recorrentes do Drops de Sanidade: a trincheira, o buraco, o túnel sem teto ou seja lá o que for na região do Castelinho só serviu, até hoje, para torrar dinheiro público.
Explicando: o edil não afirmou com todas estas letras, e nem poderia. Ele apenas chamou a atenção para o fato de que o período chuvoso traz grande perigo, a quem queira entrar no Buraco Molhado do Moreira. Quando o buraco está seco, tudo bem, pode-se entrar sem susto. Mas quando chove muito, o danado vira um lança-dilúvios, atuando como acelerador de vazão de águas.
Algum engenheiro civil poderia me orientar sobre a obra em questão. Meus conhecimentos de hidráulica não são fortes, e realmente nunca entendi aquela obra. A primeira idéia, de que a trincheira poderia drenar parte dos alagamentos, estava descartada de imediato.
A Avenida é construída sobre um canal de vazão pluvial; se houvesse alagamento acima do piso, é porque o canal, logo abaixo, já estaria com sua capacidade máxima de vazão de águas comprometida. A água canalizada gera mais pressão e portanto, "empurraria" de baixo para cima ainda mais volume de águas para alimentar o alagamento superior. Daí porque o tal buraco não possui "bocas de lobo".
A segunda idéia me pareceu a mais correta, e a mais estúpida, porque envolvia dilapidar dinheiro público para não resolver nada: formar um piscinão, que deixaria o nível superior da pista livre para tráfego, mesmo quando estivesse bem cheio. Daí, uma pergunta: como a água do piscinão escoaria, e para onde, depois que as chuvas diminuissem?
Daí formulei uma terceira idéia,de onde peço ajuda especializada para evitar cometer injustiças:
a) Trata-se, mesmo de um piscinão. Se chove pouco, é inútil porque a água não chega a incomodar nem a gerar perigo (mas também não gerava quando não havia o buracão)
b) Se chove muito, o piscinão recolhe a água excedente e impede a passagem dos veículos. A pista de cima fica livre, entretanto, para manter o fluxo de tráfego. Isto significa que há um sistema de escoamento, só não consegui visualizar como funciona.
E o sistema de escoamento pode funcionar ao contrário, como válvula de escape para a água canalizada logo abaixo. Assim, a enchente no local pode ser aumentada, em vez de diminuída, dependendo das chuvas. É como a válvula da panela de pressão que você tem em casa. O que está em baixo sobe, o que está em cima não tem como descer.
c) Se chove demais, o turbilhão de água é inevitável. Alaga-se em cima, sobe a água pressurizada que está no canal abaixo, e o lança-dilúvio entra em ação. Foi o que ocorreu recentemente, com triste lembrança para todos nós. Aí, meu amigo, nem o piscinão nem a pista de cima servem para coisa alguma. A diferença é que o piscinão custou um bom dinheiro público, do seu, do meu, do nosso bolso. A pista anterior também, mas era necessária e útil de alguma forma.
Então, aguardando as correções por parte do pessoal de engenharia - se as houver - temos ali uma obra que só é útil em 33,3% da sua existência. Isto, se chover a quantidade certinha, porque se chover pouco ou muito é uma obra inútil. Nota 3,3: não passa de ano em hipótese alguma!
Por isso, quando chove - pouco ou muito - ninguém entra no buraco. Quando chove demais também não, porque não dá. É uma forma de proteger nosso patrimônio.
Pessoalmente, quando está alagado por qualquer quantidade de água, eu não entro no buraco do Moreira. Lembro-me de outra obra alérgica à água - o teto do Anfiteatro, que gosta de desmoronar quando molhado - e não arrisco meu patrimônio nem minha vida ali. Meu dinheiro é suado e minha vida, difícil. Mas ainda assim insubstituível.
Lembrem-se: quando falo Moreira, é para entender a equipe que o assessorou mal. Ninguém se lembra da equipe, só do chefe. É um preço que todos os políticos tem que pagar de bico calado. Um ônus da "profissão"...
Por tudo isso, parabéns Zezinho! Antes tarde do que nunca, é bom reconhecer os erros. Ainda que indiretamente.
Explicando: o edil não afirmou com todas estas letras, e nem poderia. Ele apenas chamou a atenção para o fato de que o período chuvoso traz grande perigo, a quem queira entrar no Buraco Molhado do Moreira. Quando o buraco está seco, tudo bem, pode-se entrar sem susto. Mas quando chove muito, o danado vira um lança-dilúvios, atuando como acelerador de vazão de águas.
Algum engenheiro civil poderia me orientar sobre a obra em questão. Meus conhecimentos de hidráulica não são fortes, e realmente nunca entendi aquela obra. A primeira idéia, de que a trincheira poderia drenar parte dos alagamentos, estava descartada de imediato.
A Avenida é construída sobre um canal de vazão pluvial; se houvesse alagamento acima do piso, é porque o canal, logo abaixo, já estaria com sua capacidade máxima de vazão de águas comprometida. A água canalizada gera mais pressão e portanto, "empurraria" de baixo para cima ainda mais volume de águas para alimentar o alagamento superior. Daí porque o tal buraco não possui "bocas de lobo".
A segunda idéia me pareceu a mais correta, e a mais estúpida, porque envolvia dilapidar dinheiro público para não resolver nada: formar um piscinão, que deixaria o nível superior da pista livre para tráfego, mesmo quando estivesse bem cheio. Daí, uma pergunta: como a água do piscinão escoaria, e para onde, depois que as chuvas diminuissem?
Daí formulei uma terceira idéia,de onde peço ajuda especializada para evitar cometer injustiças:
a) Trata-se, mesmo de um piscinão. Se chove pouco, é inútil porque a água não chega a incomodar nem a gerar perigo (mas também não gerava quando não havia o buracão)
b) Se chove muito, o piscinão recolhe a água excedente e impede a passagem dos veículos. A pista de cima fica livre, entretanto, para manter o fluxo de tráfego. Isto significa que há um sistema de escoamento, só não consegui visualizar como funciona.
E o sistema de escoamento pode funcionar ao contrário, como válvula de escape para a água canalizada logo abaixo. Assim, a enchente no local pode ser aumentada, em vez de diminuída, dependendo das chuvas. É como a válvula da panela de pressão que você tem em casa. O que está em baixo sobe, o que está em cima não tem como descer.
c) Se chove demais, o turbilhão de água é inevitável. Alaga-se em cima, sobe a água pressurizada que está no canal abaixo, e o lança-dilúvio entra em ação. Foi o que ocorreu recentemente, com triste lembrança para todos nós. Aí, meu amigo, nem o piscinão nem a pista de cima servem para coisa alguma. A diferença é que o piscinão custou um bom dinheiro público, do seu, do meu, do nosso bolso. A pista anterior também, mas era necessária e útil de alguma forma.
Então, aguardando as correções por parte do pessoal de engenharia - se as houver - temos ali uma obra que só é útil em 33,3% da sua existência. Isto, se chover a quantidade certinha, porque se chover pouco ou muito é uma obra inútil. Nota 3,3: não passa de ano em hipótese alguma!
Por isso, quando chove - pouco ou muito - ninguém entra no buraco. Quando chove demais também não, porque não dá. É uma forma de proteger nosso patrimônio.
Pessoalmente, quando está alagado por qualquer quantidade de água, eu não entro no buraco do Moreira. Lembro-me de outra obra alérgica à água - o teto do Anfiteatro, que gosta de desmoronar quando molhado - e não arrisco meu patrimônio nem minha vida ali. Meu dinheiro é suado e minha vida, difícil. Mas ainda assim insubstituível.
Lembrem-se: quando falo Moreira, é para entender a equipe que o assessorou mal. Ninguém se lembra da equipe, só do chefe. É um preço que todos os políticos tem que pagar de bico calado. Um ônus da "profissão"...
Por tudo isso, parabéns Zezinho! Antes tarde do que nunca, é bom reconhecer os erros. Ainda que indiretamente.
Um comentário:
bom dia!
para chegar a esta grande obra, a adm carlos moreira(minúsculo mesmo), se não me falha a memória fez quatro diferentes intervenções no local(falta de planejamento e muito dim-dim pelo esgoto), até chegar ao grande "RÊGO DO MOREIRA".
o que mais me chamou a atenção na época, pós a realização da grande obra, é que não houve inauguração,não vi o mauri, o rodrigo de castro,danilo de castro, lucien e os puxa sacos de plantão.
será que eles ficaram com vergonha de inaugurar a grande obra?
afinal é um belo cartão bostal de JMcity!
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