quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Que termine logo

Um alerta: Se você já leu a mensagem anterior e ficou satisfeito porque sei fazer meu dever de casa, não leia esta. Não te atenderá. Seguir é por sua conta e risco.

Fiz meu Natal em cada um dos dias deste ano. Se não visitei a casa dos amigos, jamais deixei de morar em seus corações. E eles, de morarem e mandarem no meu, irrestritamente. Sem palavras vazias, sem ações apenas intentadas, sem vontade de fazer com braços cada vez mais cruzados.

Amei. Como faço todos estes anos. Não todo mundo, como faço há muitos anos. Respeitei centenas de milhares de pessoas, como faço há muitos anos. Desdenhei de centenas de pessoas, como faço há muitos anos.


Quer um resumo? Fui eu mesmo, como faço desde o dia em que nasci. Até o dia em que morrerei.

Somos um bicho estranho, nós humanos. Temos até uma época própria para, hipocritamente, sermos super-homens. Gostamos de todo mundo, queremos o bem universal, estendemos a mão, bla...bla...bla...

E daqui a dois meses estaremos babando pelas bundas peladas no Carnaval, gostando de todo mundo. Querendo a suruba universal. Estendendo a mão boba, bla, bla, bla...

Não posso falar por todos, é verdade. Nada é tão universal que englobe a população inteira do planeta Terra (abrindo um espaço mínimo para a esperança de que haja outras populações no Universo). Mas a maioria se encaixa no que digo.

Assim, se somos o que somos até o dia 20 de Dezembro, não sou eu o trouxa que vai pedir a todos para se transformar em anjos até o dia 31. Porque o dia 1.º estará logo ali, com a ressaca e com o retorno ao que sempre fomos.

O ano não importa. Vou tentar ser melhor enquanto pessoa, espero que muitos façam esta tentativa. E aguardo que todos nós tenhamos a coragem de movimentar um dedo, de forma efetiva, nesta direção. Porque só desejar é muito fácil.

Serei eu mesmo em 2010. funcionou bem até aqui, com todas as falhas e vícios de caráter que me definiram enquanto pessoa.

Se algum de vocês encontrar, entre hoje e o dia 02 de Janeiro, alguém que se transformou de ogro em príncipe encantado, de idiota em sábio, de intolerante em humilde, de traste em luxo, me avise. Vou me ajoelhar aos pés do iluminado e pedir a receita. E adotá-la com o coração aberto.

Caso contrário, recomendo que não percamos a Fé. Ela é que nos movimenta para o alto, quando caímos. E caímos muito porque é assim que fomos criados. Somente na escuridão é podemos ansiar pela luz...

Agenda Oculta? Procure não pensar muito no Carnaval. Ainda faltam dois meses.

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