Márcio Passos postou em seu Blog Rapadura (segue o link, somos democráticos e facilitadores da vida alheia!) que o eleitor deve ficar de olho e não votar em políticos, que não tenham grande possibilidade de ver suas emendas orçamentárias, aprovadas.
Este é o fim da representatividade? Agora o eleitor deve esquecer seus princípios e votar por emendas? Eu vou na contra mão. Declaro que votarei, sempre, em quem eu acredite nos ideais e vontades. Emendar orçamento não é trabalho político, é trabalho sujo.
A título de elucidar o debate, vejamos. Imagine que seu candidato não possua a "benção" dos donos do poder. Mas que se eleja, por suas qualidades, com um grande número de votos. Será ele ignorado pelo poder? A resposta é, obviamente, não.
A grande ironia da política é que o exercício do poder vem sendo enlameado há muitos anos no Brasil, mas a origem dele ainda é a vontade popular. Mesmo o maior dos ratos de verba pública ainda precisa de alguma representatividade para chegar perto dela, ou fará um trabalho muito fraquinho na orla do poder real.
Assim, o povo pode "fechar o olho" e votar conforme queira, já que este é um fundamento democrático. Recomendar o contrário, ainda que de forma indireta, é um deslize de Márcio Passos. Representa o que chamo de comunicação suja (com algum grau de poeira a impedir sua correta recepção, não existe outro significado no momento).
Recuso-me a acreditar que Márcio Passos queira o fim da Democracia, através da solapagem de qualquer um dos seus fundamentos. Mas a comunicação suja se encarrega de deixar esta interpretação a cargo do leitor. Imagine o que algum profissional de comunicação menos gabaritado que Márcio Passos cometa de enganos, neste aspecto específico...
Comunicar de forma limpa é garantir que suas ideias não sejam mal interpretadas. Admitir que ocorreu alguma sujidade na informação é garantir que alguns conceitos, terríveis, escaparam ao nosso crivo de emissores de mensagem. A alternativa que sobra é mostrar o caráter através do que se diz, de como se diz, e do que se aparenta dizer. Conscientemente ou não.
Eu acredito que houve uma contaminação da mensagem que Márcio queria passar com este texto. Espero ter razão.
Agenda Oculta? Comunicação não pode, e não deve, prescindir do vernáculo coerente e correto. Postarei outro exemplo agorinha mesmo.
Este é o fim da representatividade? Agora o eleitor deve esquecer seus princípios e votar por emendas? Eu vou na contra mão. Declaro que votarei, sempre, em quem eu acredite nos ideais e vontades. Emendar orçamento não é trabalho político, é trabalho sujo.
A título de elucidar o debate, vejamos. Imagine que seu candidato não possua a "benção" dos donos do poder. Mas que se eleja, por suas qualidades, com um grande número de votos. Será ele ignorado pelo poder? A resposta é, obviamente, não.
A grande ironia da política é que o exercício do poder vem sendo enlameado há muitos anos no Brasil, mas a origem dele ainda é a vontade popular. Mesmo o maior dos ratos de verba pública ainda precisa de alguma representatividade para chegar perto dela, ou fará um trabalho muito fraquinho na orla do poder real.
Assim, o povo pode "fechar o olho" e votar conforme queira, já que este é um fundamento democrático. Recomendar o contrário, ainda que de forma indireta, é um deslize de Márcio Passos. Representa o que chamo de comunicação suja (com algum grau de poeira a impedir sua correta recepção, não existe outro significado no momento).
Recuso-me a acreditar que Márcio Passos queira o fim da Democracia, através da solapagem de qualquer um dos seus fundamentos. Mas a comunicação suja se encarrega de deixar esta interpretação a cargo do leitor. Imagine o que algum profissional de comunicação menos gabaritado que Márcio Passos cometa de enganos, neste aspecto específico...
Comunicar de forma limpa é garantir que suas ideias não sejam mal interpretadas. Admitir que ocorreu alguma sujidade na informação é garantir que alguns conceitos, terríveis, escaparam ao nosso crivo de emissores de mensagem. A alternativa que sobra é mostrar o caráter através do que se diz, de como se diz, e do que se aparenta dizer. Conscientemente ou não.
Eu acredito que houve uma contaminação da mensagem que Márcio queria passar com este texto. Espero ter razão.
Agenda Oculta? Comunicação não pode, e não deve, prescindir do vernáculo coerente e correto. Postarei outro exemplo agorinha mesmo.
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