domingo, 31 de janeiro de 2010

O Homem-Computador e a Voz das Ruas

Considerando que no ano de 2009 eu tive que formatar meu computador de casa umas cinco vezes, coloquei na cabeça um pensamento recorrente: e se houvesse um Homem-Computador, que tivesse o poder de se reinventar em poucas horas, o que seria da humanidade?

Imagine poder apagar os erros e conflitos, buscar mais velocidade e eficiência, poder consultar ilimitadamente outras consciências vivas e inteligentes, levar adiante programas e projetos que não foram o seu próprio ego que inventaram, mas funcionam bem assim mesmo?

Imagine poder construir coletivamente, infinitamente, uma grande consciência global que nos jogasse no caminho da evolução sem possibilidade de volta?

Melhor não imaginar, ? Se, sendo o que somos, estamos destruindo o lar que temos, imagine ampliar a possibilidade de bugs e travamentos sem explicação alguma. Imagine a tela azul substituindo o que seria nosso rosto, com a frase ameaçadora: Este ser humano efetuou uma operação ilegal e será fechado!!!

É, melhor ser só o que somos, carne e dúvida.

Opa, e a voz das ruas? Meu, esta não existe. As ruas tem tanta voz quanto um pavão. Esta tal de voz das ruas só está aqui para mostrar que o contrário do Homem-Computador, o Homem-Rochedo (nunca muda, mesmo que esteja sempre mudando), também existe. E para basear sua incapacidade de evoluir em algo positivo, ele prega a culpa na voz das ruas: "o povo gosta assim, o povo me quer assim, eu ouço a voz das ruas..."

Seria cômico se não fosse trágico. O cara ouve o que as ruas não tem porque o que ele quer mesmo, não é a voz, mas o rabo do povão, digo, do pavão.

Pensando com muito carinho, lugar de quem ouve vozes onde elas não existem é o consultório psiquiátrico. Ou será que eu é que enlouqueci? Com a palavra os catedráticos.

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