terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Síndrome do marido traído

O Drops não falha neste quesito. Parece ser sempre o último a saber. E, coerentemente, é sempre o último a se manifestar. As razões são simples: compromisso e decência.

O compromisso é traduzido na manutenção de uma linha sóbria de análises. Se não agrada aos parceiros e aliados todo o tempo, é porque não tenta enganar aos demais todo o tempo.

A decência é traduzida no respeito às pessoas. Sempre faço a ressalva de que me manifesto em relação às funções, sendo que o espaço não cuida de vidas privadas. As poucas referências pessoais são elogiosas ou neutras, em assuntos privados. Em assuntos de interesse público, são referências e pronto. Assumidas em qualquer instância.

Feita a lembrança, pergunto-me se existe razão em defender a "liberdade de expressão" que extrapola seus limites legais. Se vai contra a lei, não seria a tal "liberdade" uma tirania, em lugar de uma experiência libertadora?

O que minha cidade ganha se eu resolvo chamar, por exemplo, Mauri Torres, Gustavo Prandini, Laércio Ribeiro, Carlos Moreira, Márcio Passos, Leonardo Diniz, Germim Loureiro, Dorinha Machado, Carlos Gomes, Emerson Duarte, Guilherme Nasser ou qualquer outro agente público de João Monlevade com os epítetos de "ladrão, corrupto, pedófilo, fascista" ou qualquer outro título criminoso, se eu não mover uma única vírgula para provar o que afirmo?

Acusar qualquer cidadão brasileiro de ter cometido um crime, sem que se prove esta afirmação, constitui crime de calúnia. Esta ferramenta jurídica existe para evitar que nossa sociedade retorne ao tempo da barbárie, e todos nos beneficiamos dela.

Quer entender melhor? Espere até ser acusado, de forma leviana, de ter cometido um crime qualquer. Você sentirá na pele o que é a tão defendida "liberdade de expressão"!!!

Vamos elaborar mais: nossa Constituição defende o direito às opiniões e manifestações, sendo proibido o anonimato. É para que ninguém abuse de sua liberdade de expressão. Por isso minha identidade é facilmente comprovável, assim como a de tantos blogueiros de João Monlevade. Mas quem é PP?

Fora do círculo de amigos entre os quais ele pode dizer "tenho um blog onde deixo este povo todo de calças na mão", suas vítimas de calúnia não podem identificá-lo e pedir, com paciência e espírito público: prove. Mostre. Ajude esta cidade a se livrar dos criminosos.

Humor é humor. Crime é crime. Censurar o crime não é censurar a liberdade de um só, é defender a cidade (e assim defender a liberdade de muitos) contra um elemento perigoso que pode destruí-la em pouco tempo, se deixado solto.

Hoje, minha lista de links não aponta nenhum anônimo mais. O Drops ainda abre espaço para anonimato de postagens, mas eu censuro tudo que me cheire a crime. É meu direito e meu dever de cidadão.

Pelo que li na rede, PP talvez seja morador do Bairro Aclimação. Assim, talvez seja fruto de um ambiente familiar de fartura e de estabilidade financeira, já que o Aclimação não abriga barracos. Assim, talvez tenha tido boas oportunidades educacionais e de formação de um caráter digno, embora o dinheiro por si só, não possa garantir tudo isso.

Este seria o momento de cometer uma injustiça: afirmar que a família de PP descuidou de sua formação de caráter. Não o farei porque não é correto, nem justo, nem libertário.

A única liberdade real que conhecemos é a de escolher. Eu escolho a legalidade e o respeito à pessoa dos demais cidadãos. Afirmo que PP é fruto de suas escolhas pessoais. E equivocadas, porque caluniosas. Falo do blogueiro, não da pessoa, porque sequer sei quem seja a pessoa.

Agenda Oculta? Parabéns a quem solicitou a retirada do "Resistindo" da rede. Quando voltar, se voltar, fará o mesmo humor cáustico, com mais responsabilidade e sem cometer asneiras como confundir liberdade de expressão com impunidade para delinquir.

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