Intelectualóides não se reúnem impunemente. Ontem, no Dom Pieri, encontramo-nos eu, o Zé Henriques e o Marcelo Torres para um bate-papo. Para variar, uma profusão de ideias e um projeto em destaque: a Biblioteca Cidadã. Baseada em dois pilares possíveis: "Ônibus da Leitura" e "Kombiteca".
O pulo do gato está em fazer com que os livros circulem pela cidade. A primeira alternativa de pensamento: a Enscon! É uma empresa que percorre praticamente todos os bairros e possui tudo o que precisamos:
- Ambientes livres de chuva (livros não se dão bem com ela): o interior dos ônibus.
- Custo operacional baixíssimo: Uma caixa de papelão, contendo livros e colocada nos ônibus, não aumentaria em quase nada o custo operacional da empresa.
- Mobilidade para os livros: a caixa de papelão serviria como ponto de coleta e entrega dos livros, assim as pessoas seriam as bibliotecárias "voluntárias" do projeto.
- Facilidade de renovação do acervo: a biblioteca se renovaria através do voluntariado: Tem livros que já leu e estão parados? Coloque numa caixa em um dos ônibus e ele irá circular com o prazer da leitura pela cidade inteira. Quer comprar livros num sebo e doá-los à biblioteca? O mesmo método funciona bem.
- Sua empresa quer cumprir um papel social mais amplo e não há perspectivas de gastar muito com isso? Tudo bem, ela pode doar livros com merchandising nas contra-capas. O importante é haver livros circulando; quanto mais, melhor.
As possibilidades são muitas. Tudo muito tranquilo e fácil de começar e desenvolver depois.
Senhores leitores, que sejam empresários ou que conheçam empresários interessados, façam o contato ou peçam para haver o contato conosco. Explicaremos em detalhes como fazer, e seremos voluntários deste fazer. Com prazer.
Fiquei responsável por iniciar o diálogo com a Enscon. Tentarei me desimcumbir da tarefa com a maior brevidade possível. O que significa depois da Quarta-Feira, porque tenho compromissos profissionais fora de João Monlevade antes da Quarta. Se alguém puder realizar a tarefa antes, faça contato, por favor.
Quanto à "Kombiteca" (nome sugerido pelo Marcelo) demanda custo mais alto e, portanto, fica para um segundo estágio do projeto. Precisaríamos de uma Kombi ( e não pode ser jurássica, porque a manutenção seria cara) e motoristas-bibliotecários voluntários. A Kombiteca atenderia às pessoas que, por um ou outro motivo, não são usuárias de ônibus.
É possível fazer. Com esforço, com tenacidade, com inteligência e com apoio. Gosto mais de Monlevade assim, com as pequenas coisas sendo estruturadas. Depois a cidade se ocupará das grandes coisas. Por si só.
Outros setores, claro, seriam de enorme ajuda para o projeto. Enviaremos os convites no tempo certo, de acordo com a demanda. Vamos tentar!
Ou, repetindo Luiza Trajano: Bota prá fazer!
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