Não é criando um paliativo às vésperas de terminar o mandato, que Carlos Moreira iria se mostrar verdadeiramente interessado na área educacional. Conforme era esperado, a Justiça reafirmou a ilegalidade do 14.º salário para professores da rede pública de João Monlevade.
O fato "político" era simples. Criar a expectativa positiva (mesmo que ilegal), porque o sucessor iria arcar com o peso de impedir a ilegalidade e frustrar todos os profissionais. Eu me recuso a acreditar que a Assessoria Jurídica da Prefeitura não sabia deste fato tão banal.
O jeito é pedir aos jornais que investiguem, como fez recentemente o vereador Guilherme Silvério. Não vou pedir ao vereador que faça isso porque, se recentemente pediu aos jornais que façam o seu trabalho, provavelmente não vai querer fazer o seu trabalho de novo.
Pensando bem, vou investigar eu mesmo: se quem tem a obrigação não quer, e se quem não tem a obrigação quer, mas não possui competências para isso ("o que vende jornal é polêmica"...) fazer é a única alternativa que me resta para confiar no resultado das conclusões.
Farei pesquisa de sondagem. É um nome pomposo para não chamar de reportagem investigativa, porque João Monlevade não possui repórteres de qualidade (segundo afirmou recentemente um dos grandes, Marcelo Melo) e, portanto, não tem como possuir repórteres investigativos de qualidade.
E eu, como todos que acompanham este espaço sabem, considero que reportagem é prerrogativa de jornalistas. Nem sequer sonho em usurpar esta função importante de seus legítimos detentores. Mas de investigação eu entendo um pouquinho. Dá pro gasto...
Em breve divulgarei os resultados de minha sondagem. Acho que poderemos tirar lições importantes para não cometermos o mesmo erro, no futuro.
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