quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mais 7000? Pode botar na conta!!!

Muita calma nessa hora, pessoal. Estou falando da possibilidade de que mais de 7000 pessoas possam convergir para João Monlevade, em virtude das obras de expansão da ArcelorMittal. (Belgo, para os saudosistas).

Nenhum município do Brasil consegue suportar o aporte de quase 10% de sua população efetiva, num espaço de tempo curto. Pode ser que meu número esteja exagerado, mas não existe um meio de saber, até que aconteça. A previsão de aporte direto de população a empresa até deve possuir, já que basta tabular o número de empregos diretos e indiretos a ser gerados, multiplicando pela média do número de componentes de cada família a acompanhar os trabalhadores.

Mas o número de migrantes que chegam basedaos apenas na esperança de obter trabalho é impossível de calcular com exatidão. Aí reside uma responsabilidade que transcende o direito da empresa de alegar que conrtribui com impostos.

Este tipo de impacto quebra a regra de normalidade, em que a simples obrigação de deveres tributários gera direitos posteriores. Vai impactar a Segurança Pública? A infraestrutura? A Saúde Pública? O sistema educacional Público? A oferta de serviços básicos, como distribuição de água e saneamento básico? Pois que contribua decisivamente para minimizar estes impactos, dos quais a própria empresa pode vir a ser vitimizada no futuro. Se não for pela responsabilidade social inerente aos grandes negócios, que não podem fazer sofrer uma população local em sua totalidade, faça-se pela própria segurança patrimonial futura da ArcelorMittal.

Então, pode botar na conta!!! Mas o Poder Público deve fazer muito mais. Deve se apresentar à Usina como o legítimo e legal gestor dos interesses da sociedade monlevadense , nesta hora. Deve dialogar sempre que for possível, começando já, e ser intransigente em relaçao à contrapartida que a ArcelorMittal deve apresentar para que João Monlevade não fique, posteriormente, com a parte de domar o leão selvagem que a companhia se encarregou de soltar em nossa casa.

Enquanto ainda há tempo, as mesas de negociação devem ser ocupadas com objetividade e firmeza de propósitos. Depois, não mais será possível evitar que outro muro se erga entre a companhia e a nossa história.

Nenhum comentário: